O Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos estados de Alagoas e Sergipe – Sindipetro AL/SE realiza nesta segunda-feira (5), a partir das 7 horas, uma assembleia com os trabalhadores do Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas – Lifal. O encontro que ocorrerá na entrada da empresa tem o objetivo de discutir a intenção do governador Téo Vilela de privatizar o laboratório e decidir sobre paralisação das atividades contra o descaso do governo com relação ao laboratório.
De acordo com o diretor do Sindipetro, Paulo Roberto, as medidas tomadas pela atual diretoria do Lifal, que mexem em conquistas alcançadas pelos funcionários, também serão discutidas, podendo determinar uma greve até por tempo indeterminado. Roberto disse que a categoria deverá definir estratégias de mobilização para defender seus direitos e evitar a privatização da empresa.
O sindicalista denuncia ainda que a atual administração do Lifal reduziu o quadro de funcionários, comprometendo as operações industriais. Segundo o sindicato, a empresa tinha cerca de 310 operários e hoje trabalha apenas com 98. Ele afirma que antes a empresa produzia cerca de 28 medicamentos, agora só produz quatro variedades. Atualmente é produzido o Indinavir – componente do coquetel anti-Aids, Pacrolinus – usado em pacientes transplantados -, Closapina – para casos neurológicos e o Captopril indicado para hipertensão. “Essa situação já comprova a capacidade ociosa de produção do órgão e a falta de ação do governo com a questão social, pois a viabilidade do laboratório permitiria a distribuição de remédios gratuitos e baratos à população de baixa renda”, frisou.
Segundo Roberto, os servidores estão revoltados com a nova direção do Lifal porque passaram a ser vítimas da precarização das condições de trabalho. “Estamos sofrendo ataques em duas frentes. A primeira vem do governo que vem sucateando o órgão, e a segunda parte da direção da empresa no sentido de retirar direitos para reduzir despesas”, protestou. Por isso, afirma ele, os trabalhadores deverão prepara uma série de mobilizações para defender seus direitos e evitar a privatização do Lifal.