Agricultores estavam no plantio de cana de açúcar, na Usina Taquari, sem dinheiro e comida
Após uma denúncia anônima, 50 trabalhadores alagoanos foram flagrados em condições análogas a escravidão, em terras da Usina Taquari, que fica localizada no município de Capela, em Sergipe.
A blitz ocorreu nesta quinta-feira (25) e, contou com o Ministério Público do Trabalho de Sergipe (MPT/SE), a Polícia Federal, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Capela (AL) e as Federações dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag) de Alagoas e Sergipe.
A blitz constatou que os agricultores aliciados para o plantio de cana de açúcar estavam trabalhando sem receber dinheiro, comendo alimentos estragados e dormindo no chão. A denúncia aos órgãos competentes partiu do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Capela, em Alagoas.
“Os agricultores ligaram com o sindicato alagoano para denunciar a situação que estavam sofrendo. Os 50 trabalhadores foram chamados com a promessa de trabalho em Sergipe com carteira assinada, alimentação e alojamento. Mas, nada disso estava sendo cumprido. Flagramos agricultores sem receber dinheiro, se alimentando com comida estragada e dormindo no chão”, contou o presidente do sindicado de Capela, em Alagoas, Manoel Barnabé.
Aliciador identificado
Os trabalhadores contaram as autoridades que foram aliciados com as promessas de um homem identificado por José Carlos Barbosa de Lima. O Ministério Público do Trabalho de Sergipe (MPT/SE) convocou os gerentes da Usina Taquari, localizada no município de Capela, em Sergipe, para prestar esclarecimentos a Polícia Federal e de imediato, conceder o transporte para que os agricultores retornem ao estado de origem.
