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Sergipe

Torneio de Futsal movimenta adolescentes do Cenam

O esporte sempre foi a grande saída para inúmeros problemas sociais. Quando se trata de jovens e adolescentes, essa máxima fica ainda mais forte. Nesse sentido foi realizado, essa semana, com término dia 23, o torneio de futsal do Centro de Atendimento ao Menor, Cenam, promovido pela Fundação Renascer. Foram envolvidos no evento cerca de 40 internos, orientados por professores de Educação Física e pela equipe multidisciplinar da instituição. Ao todo seis equipes disputam o campeonato que será encerrado com premiações e entrega de medalhas. A presidente da Fundação Renascer, Marta Leão, considera o esporte uma grande saída para os jovens que hoje se encontram em situação de conflito com a lei.

Para o vice-diretor do Cenam, Belline Nunes de Moura, o futebol é um grande momento para os meninos, já que eles gostam do esporte e nessa hora aliviam as tensões. “É muito gratificante ver nos rostos desses jovens um pouco de alegria. Grande parte deles vem para o Cenam após ter vivenciado situações que adultos com mais de 40 anos nem sonham conhecer”, observa Belline. Ele lembra que o dia-a-dia dos internos se divide entre estudos, alguns cursos profissionalizantes e um período diário de lazer.

“Não queremos incentivar a ociosidade. O mais importante é criar sempre novas atividades que favoreçam a educação e uma futura reinserção social”, atenta o vice-diretor do Cenam. Ele explica que na unidade os sócioeducando recebem ainda atendimento médico e orientação de psicólogos, assistentes sociais e todo o apoio necessário para que possam ter uma boa recuperação. Tanto na quadra quanto na sala de aula os jovens internos mostram criatividade e facilidade de aprendizado e desenvolvimento de atividades.

Na sala de aula

Os professores, enquanto apoiavam a partida de futsal, fizeram questão de afirmar que na sala de aula os meninos mostram interesse, são inteligentes e capazes de buscar o conhecimento de forma surpreendente. “O que fazemos com eles é manter o diálogo aberto. Eles procuram no professor um amigo, e fazem de nós uma referência para desabafar, expressar suas necessidades. O que faz a diferença é como você se relaciona com o adolescente em conflito com a lei. A repressão não é a saída, O que aplicamos aqui é educação e medidas disciplinares”, declara o professor José Fábio.