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Policial

TJ nega liberdade a militar acusado de matar jovens da Operação Playboy

Sylvio Bismarck e Edivaldo Polido Neto foram encontrados mortos

O Tribunal de Justiça de Alagoas negou o novo pedido de liberdade ao ex-sargento da Polícia Militar Josenildo Ferreira Cavalcante, preso pelo assassinato dos jovens Edivaldo Polido Lins Neto e Sílvio Bismark Ângelo, que integravam uma quadrilha de classe média, chamada pela Polícia Civil de Operação Playboy. O crime ocorreu em julho de 2013.

A defesa do policial impetrou habeas corpus, com pedido liminar, e alegou que o PM está preso injustamente, além de não haver provas de sua participação no caso. Para o desembargador João Luiz Azevedo Lessa, a decisão que decretou a prisão do acusado se baseou na garantia da ordem pública.

“A motivação da referida decisão foi pautada nas circunstâncias em que o crime foi praticado, com doses elevadas de crueldade e frieza e no modus operandi, restando evidente, para a magistrada de 1º Grau, a concreta periculosidade do acusado, o que impediu a revogação da prisão preventiva em seu favor”, ressaltou o desembargador.

João Luiz Azevedo considerou que a análise mais acurada do pedido só será possível no julgamento definitivo. “Nego a concessão da liminar pleiteada por não restarem presentes os requisitos necessários à sua concessão, quais sejam, a fumaça do bom direito e o perigo da demora, cabendo a esta relatoria se pronunciar em sede de mérito após o envio de informações do juízo a quo, bem como posterior manifestação da Procuradoria”. A decisão está no Diário da Justiça desta terça-feira (17).

De acordo com as investigações, o PM teria sido contratado por Guilherme Bulhões para executar a vítima após ter sido vítima de sequestro relâmpago. Conforme o processo, o PM conseguiu atrair a dupla para um canavial no município de Satuba, e efetuado diversos disparos contra Edivaldo e Sílvio, que tinham 26 e 24 anos, respectivamente.