A lastimável briga envolvento torcidas organizadas não é um problema de São Paulo, palco da morte de dois palmeirenses na semana passada. Muito menos de Goiânia, cidade onde faleceu um torcedor esmeraldino no último sábado. Na verdade, trata-se de uma questão nacional, antiga e que já soma nada menos do que 155 mortes em todo Brasil.
Desde a primeira morte de grande repercussão e impacto (Cleo, palmeirense, em 1988) até o último óbito de Diego Rodrigo, no recente fim de semana, muitos familiares já lamentaram a perda de seus filhos, irmãos, pais, sobrinhos, netos ou parentes. Quem pensa que a violência está restrita ao eixo Rio-São Paulo, se engana por demais. Veja abaixo, o crescimento das mortes dos torcedores pelo Brasil a fora e onde elas aconteceram.
AS 155 MORTES:
ANO a ANO (CRESCIMENTO É REAL E ASSUSTADOR)
1988 – 1
1992 – 2
1993 – 2
1994 – 4
1995 – 3
1997 – 1
1999 – 1
2000 – 5
2001 – 2
2002 – 1
2003 – 7
2004 – 4
2005 – 10
2006 – 6
2007 – 11
2008 – 11
2009 – 21
2010 – 21
2011 – 31
2012 – 11
LOCAL DAS MORTES (PROBLEMA É NACIONAL)
Aquiraz (CE) – 1
Aracaju (SE) – 6
Belo Horizonte – 11
Belém (PA) – 8
Brasília (DF) – 1
Campinas – 3
Campina Grande (PB) – 3
Campo Grande (MS) – 1
Caxias do Sul (RS) – 2
Curitiba (PR) – 3
Dom Pedrito (RS) – 1
Fortaleza (CE) – 14
Goiânia – 16
Gravataí (RS) – 1
Imbé (RS) – 1
João Pessoa (PB) – 3
Joinville (SC) – 1
Jundiaí (SP) – 1
Limeira (SP) – 1
Limoeiro (PE) – 2
Maceio (AL) – 7
Manaus – 1
Mossoró (RN) – 1
Montes Claros (MG) – 1
Natal (RN) – 7
Pelotas (RS) – 1
Porto Alegre – 1
Recife – 4
Rio de Janeiro – 19
São Caetano do Sul – 1
São Paulo – 25
Santos – 1
Santa Catarina – 1
Salvador – 3
São Leopoldo (RS) – 2