Com o período de retorno às aulas presenciais se aproximando, é essencial destacar a importância das terapias multidisciplinares no suporte às crianças autistas. Essas terapias são fundamentais para garantir a inclusão e o desenvolvimento pleno desses alunos, considerando suas necessidades específicas. No contexto educacional, as abordagens integradas de profissionais especializados têm um papel crucial na promoção do aprendizado e no bem-estar emocional dessas crianças.
De acordo com o neuropediatra e diretor do Centro Especializado em Transtorno de Espectro Autista (Cetea), Dr. Rodrigo Araújo, as terapias multidisciplinares envolvem uma equipe de profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, que trabalham em conjunto e de forma integrada. Essa abordagem permite uma intervenção abrangente, atendendo ao comportamento, habilidades sociais, comunicação e cognição das crianças com autismo. Durante o retorno às aulas, essas terapias são essenciais para auxiliar na adaptação do ambiente escolar e garantir uma inclusão efetiva.
“O desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação é uma das áreas prioritárias no suporte a crianças autistas. As terapias multidisciplinares utilizam estratégias como a a ciência da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para ensinar e reforçar comportamentos positivos, promovendo a interação e a comunicação efetiva entre os alunos no espectro autista e seus colegas de classe. Essas abordagens específicas têm um impacto significativo no desempenho e no relacionamento desses estudantes”, destacou.
O neuropediatra explica que além disso, as terapias multidisciplinares também promovem o bem-estar emocional das crianças autistas. Profissionais especializados fornecem suporte psicológico e emocional, auxiliando no manejo da ansiedade, no desenvolvimento de estratégias de autorregulação e na ressignificação de emoções negativas. Durante o retorno às aulas, essas terapias são fundamentais para garantir que as crianças com autismo se sintam seguras, acolhidas e preparadas para enfrentar os desafios educacionais.
“Em suma, as terapias multidisciplinares são peça-chave para o retorno de crianças autistas às aulas em agosto. Elas garantem uma abordagem personalizada, adaptada às necessidades individuais de cada aluno, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais, a comunicação efetiva e o bem-estar emocional dessas crianças. É fundamental que as escolas e governos valorizem e invistam nessas terapias para promover uma educação inclusiva e acolhedora, onde todas as crianças tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver plenamente”, concluiu.
*Sobre o Cetea:*
O primeiro Centro Especializado em Transtorno de Espectro Autista (CETEA) será inaugurado em Maceió – Alagoas. Uma clínica com estrutura de primeiro mundo, com tratamento terapêutico apropriado, com horários especiais, onde o paciente terá acesso a psicólogo, fonoaudiólogo e terapia ocupacional, psicomotricista, além de ter acompanhamento destes profissionais tanto na escola como em sua casa, interagindo com os pais, para que eles possam acompanhar a evolução da criança e poder tirar dúvidas. Os psicólogos trabalham a ciência ABA. Os fonoaudiólogos do CETEA têm habilitação em PROMPT, pois a qualidade no fornecimento das terapias é o pilar.