Antônio Flávio Santana, Gilberto Pitágoras, João Lourenço, Manoel Ferreira, Ubiratan Ferreira, Valdir Antônio e Valdir Luiz
O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Carlos Reis, começou a interrogar na manhã desta segunda-feira (22) as pessoas acusadas em um esquema criminoso que resultou no furto de aproximadamente 200 armas que estavam custodiadas no Tribuna de Justiça de Alagoas.
Os depoimentos foram tomados na sede da Delegacia Geral, no bairro de Jacarecica, na capital alagoana. A operação que resultou na prisão dos suspeitos e mobilizou cerca de 200 policiais foi desencadeada na última sexta-feira, 19, em Maceió e cidades do interior do estado.
As investigações que resultaram na descoberta e desarticulação do esquema criminoso duraram cerca de um ano, sendo realizadas pelo Núcleo Inteligência (NI) da Delegacia Geral da Polícia Civil. De acordo com essas investigações, presididas pelo delegado Carlos Reis, o esquema era comandado pelo chefe da Central de Custódia de Armas e Munições do TJ/AL, Gilberto Pitágoras, 37 anos, um dos presos na operação.
Além dele, seis policiais militares também foram detidos, sendo identificados como o sargento Valdir Antônio Periera, 51 anos, e os cabos PM Antônio Flávio Santana da Silva, Denison Alves de Miranda, 42, João Lourenço da Silva, 45, Paulo Sales de Barros, 55, e Valdir Luiz dos Santos, de 42 anos.
A polícia prendeu ainda Manoel Periera de Souza, 46 anos, Ubiratan Ferreira, 44, Carlos Alberto da Silva, 49, Francisco Ricardo, 36, Charles Bandeira de Pontes, 43, e Álano Paiva do Amor Divino, 55. Com este último foram encontradas com duas espingardas (calibres 24 e 36), cartuchos e chumbo, sendo autuado na Central de Flagrantes.
Os policiais apreenderam ainda, com um dos integrantes do grupo criminoso, crack, cocaína e maconha. Pelo menos outras cinco pessoas estariam envolvidas no caso, e são consideradas foragidas, entre elas, o ex-militar José Fernandes Ferreira, 43 anos, conhecido por “Fernando”.
As armas furtadas, incluindo fuzis, espingardas, pistolas e revólveres, segundo foi apurado, eram vendidas a traficantes e pessoas envolvidas em outros crimes, inclusive pistolagem, a preços que variavam entre R$ 1.200 e R$ 2.000. A polícia dispõe de vasto material de prova, inclusive imagens, áudios e vídeos, onde a negociação das armas era feita.
Todas as pessoas detidas tiveram suas prisões temporárias decretadas pela 17ª Vara Criminal da Capital, e o delegado-geral Carlos Reis informou que vai solicitar a prorrogação dessas prisões. Ele disse ainda que outras ações ainda devem ser realizadas como parte da operação, inclusive o cumprimento de mandados de busca e apreensão fora de Alagoas.
