O temporal que atingiu quatro municípios da região do Agreste nesta terça-feira (11) pode se repetir no Sertão, segundo previsão do meteorologista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) Emanuel Teixeira. De acordo com ele, as fortes chuvas, acompanhadas de ventos fortes e até queda de granizo, que caíram em Palmeira dos Índios, Arapiraca, Taquarana e Tanque D’Arca foram ocasionadas pelo encontro de uma massa fria com uma área bem aquecida, provocando o vendaval, pancadas rápidas de chuvas e queda de granizo.
“O episódio pode voltar a acontecer a qualquer momento neste mês de janeiro por se tratar de uma condição normal da estação do verão. As chuvas desta época geralmente vêm acompanhadas de fortes ventos”, explicou o especialista. Com relação à previsão de chuvas para esta semana, Teixeira disse que o tempo em Alagoas deve se estabilizar na noite desta quarta-feira (12) e que o fim de semana deve ser mais tranquilo, ou seja, sem o risco de tempo fechado.
Providências
Equipes da Defesa Civil dos quartéis de Palmeira dos Índios e Arapiraca estão calculando os prejuízos materiais da população e comerciantes dos quatro municípios atingidos pelo vendaval. De acordo com o coronel Gilson Romeiro, que está respondendo pela Secretaria Executiva da Defesa Civil, os bombeiros estão orientando as pessoas que moram em áreas de risco a deixar o local na iminência de fortes chuvas ou ventos.
“Alertamos que as famílias não fiquem em áreas expostas ao perigo de queda de árvores, por exemplo. Diariamente, acompanhamos pelo radar meteorológico da Secretaria Nacional da Defesa Civil as condições do tempo e avisamos a população destas regiões”, esclareceu o coronel Romeiro, convocando os gestores municipais a serem multiplicadores desta ação, conscientizando os moradores de áreas vulneráveis a deixar o local no período chuvoso.
Segundo ele, o vendaval que afetou os quatro municípios alagoanos surpreendeu também a DC que, geralmente, divulga a previsão de chuvas, mas não consegue precisar se elas virão seguidas de ventos fortes e queda de granizo. “Conseguimos saber o volume de água que vai cair, mas como o vendaval não é típico de nossa região, não conseguimos antecipá-los”, reforçou o coronel Romeiro.