O novo modelo de acesso às universidades públicas, em discussão no Ministério da Educação (MEC), foi tema de pronunciamento do deputado Temoteo Correia (DEM). O parlamentar considera que o estudante alagoano poderá sair prejudicado, tomando como base os recentes resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no qual o ensino em Alagoas foi considerado um dos piores do País.
Na opinião de Correia, a mudança na modalidade de acesso à Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já para o próximo processo seletivo, poderá causar um grande prejuízo aos estudantes. “O último resultado do Enem colocou o ensino público de Alagoas nas últimas posições em relação a avaliação nacional, então os alunos do Estado podem ser prejudicados. Eu avalio que a Ufal poderia esperar um pouco mais para fazer essa opção, mudando a forma de acesso ao ensino superior de instituição pública”, considerou Temoteo Correia, que já desempenhou a função de educador.
Processo Unificado
A proposta do MEC sugere a adoção de um processo seletivo unificado e de caráter nacional para o acesso às universidades. Dentro deste novo modelo, o aluno poderá escolher cinco opções de curso em cinco instituições diferentes. A prova unificada, também chamada de “novo vestibular”, será um novo Enem, o qual deverá ser reformulado para atender à nova realidade visualizada pelo ministério. A decisão sobre este novo modelo caberá ao Conselho Universitário (Consuni) da Ufal, instância máxima de decisão da universidade composto por professores, técnicos-administrativos e estudantes da instituição.
Caso opte pelo Novo Enem, a decisão do Consuni poderá levar a Ufal a aderir ao Sistema de Seleção Unificada (SSU) proposto pelo MEC, um sistema eletrônico que o Ministério vai disponibilizar para instituições de ensino superior a fim de efetivar o processamento da seleção ao ensino superior, com base no novo Enem e exclusivamente pela internet.
Além disso, a Ufal poderá aderir ao novo Enem como processo de seleção sem adesão ao SSU. Outros benefícios seriam a possibilidade de maior mobilidade estudantil, uma vez que esta é inerente ao novo modelo de acesso às instituições; a ampliação das possibilidades de ingresso dos alunos de baixa renda; e o impacto que o novo modelo deve causar na formação do professor e no perfil do ingressante na Universidade.