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Alagoas

Técnicos em greve fazem ato na entrada da Ufal nesta segunda

Campus da Ufal em Maceió

O Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) realiza nesta segunda-feira (01/08), a partir das 7h, uma manifestação na entrada do campus A. C. Simões para expor os motivos da greve nacional que já dura quase dois meses. Os técnico-administrativos prometem radicalizar, diante da ofensiva judicial do governo que insiste em não negociar com a categoria e quer questionar o movimento na justiça.

O Sintufal denuncia que nem no período dos governos militares, a categoria recebeu um tratamento tão autoritário como o que acontece agora. O governo quer criminalizar a paralisação nacional dos técnico-administrativos. Desde 2007, ao final da greve da época, depois de fechado um acordo que encerrou a paralisação, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) participou de mesas de negociações com representantes do governo e nada foi encaminhado. Em 2010, o governo encerrou as conversas. Várias pendências como a racionalização dos cargos nunca forma encaminhadas. Para categoria o sentimento é de revolta. Tudo que o movimento pede, agora, é que sejam abertas negociações.

A luta dos servidores é contra a desestruturação do atual Plano de Carreira da categoria (PCCTAE) para que não sejam retirados direitos já conquistados e não apenas por reajuste salarial; contra o congelamento do incentivo à qualificação que o governo federal pretende transformar em valor fixo; ampliação do percentual de qualificação para todas as classes e reajuste dos benefícios (transporte, alimentação, creche, etc.); pelo reposicionamento dos aposentados na atual carreira do PCCTAE; racionalização dos cargos da carreira; contra o desmonte dos Hospitais Universitários cuja proposta do governo cria uma empresa para gerenciá-los; contra o Projeto de Lei 549/2009 que congela os nossos salários por dez anos; abertura imediata de concurso público para substituir os terceirizados; piso nacional de três salários mínimos com step de 5% (diferença entre um padrão de vencimento e outro) diante da ausência de uma política salarial definida e data-base.

De acordo com informações do Comando Nacional de Greve são mais 45 universidades brasileiras com atividades paralisadas há quase dois meses.