Depois de questionar na Assembleia Legislativa (ALE) a destinação do chorume proveniente dos resíduos da Central de Tratamento de Resíduos de Maceió (Aterro Sanitário), o vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALE, deputado Judson Cabral, esteve nesta quinta-feira juntamente com técnicos da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) para uma vistoria no aterro sanitário.
O grupo que acompanhou a fiscalização viu de perto todo o procedimento operacional que está sendo feito na célula de resíduos domiciliares, na unidade em construção para beneficiamento de resíduos da construção civil (RCC), vala de animais mortos e na estação de tratamento de efluentes. Segundo os técnicos, as denúncias sobre a inadequação do tratamento e do transporte do chorume não rocedem.
Segundo Álder Flores, técnico da Slum, o emissário tinha vazão de 350 miligramas de demanda bioquímica de oxigênio (DBO), passando a ter 356 com o chorume, sendo, portanto, mínimo o impacto. “Estamos fazendo ajustes para utilizar o chorume dentro do aterro. Para o emissário da Casal, está dentro do aceitável, de acordo com as normas”, explica.
O secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente, Ricardo Ramalho, reforça que o aterro melhora a cada dia sua operacionalidade. “A estação de tratamento de efluentes está vazia, com o mínimo de chorume. Não tem a menor perspectiva de transportá-lo, principalmente por causa do clima, porque a produção é menor”, diz, salientando que a vazão é proporcional à quantidade de chuvas.
Ao final, o deputado Judson Cabral demonstrou preocupação com as condições do emissário submarino. “Se ficar comprovado que a Casal está à revelia das normas, vamos exigir a correção, a apuração das responsabilidades. Vamos tentar uma visita com a Companhia no emissário, para discutir, ver o que eles têm para dizer. A situação é preocupante porque a estação de tratamento do emissário está inadequada, fora das normas”, conclui.