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Alagoas

Técnicos da Embrapa e da Emater avaliam variedades de feijão, sorgo, milho, mandioca e macaxeira

Pesquisadores do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Emater/AL) reforçam a parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – Tabuleiros Costeiros, com um novo trabalho em rede nacional de pesquisa, através de estudos com diversas cultivares/linhagens de feijão phaseolus, feijão-caupi, sorgo forrageiro, sorgo granífero, mandioca e macaxeira. Com o intuito de disseminar as experiências, a Gerência Regional da Emater/AL no Agreste convidou os extensionistas do Instituto para conhecer o desenvolvimento das ações.

A visita técnica, que aconteceu na Fazenda Santa Bernadete, Povoado de Pé Leve, no município de Limoeiro de Anadia, foi dividida em quatro momentos. Na Unidade de Estudo do Milho Híbrido, o pesquisador Humberto Vitorino explicou que estão em avaliação 52 cultivares, que já foram testadas e estão em processo de validação na região alagoana. “O interessante dessas variedades é que elas já vêm resistentes a pragas e ervas daninha. Nestes experimentos, estamos observando adaptação voltada para produção”, enfatizou Humberto Vitorino.

Na Unidade de Mandioca e Macaxeira, estão sendo avaliadas 69 cultivares, sendo 44 de mandioca e 25 de macaxeira. Neste experimento, o pesquisador da Embrapa José Ailton dos Santos informou quais os tipos mais conhecidas e cultivadas em Alagoas, que são a mandioca brava e a caravela, mas outras cultivares já mostraram produtividade superior em ensaios realizados em Sergipe e Pernambuco.

Nas demais unidades, as discussões passaram pelo desenvolvimento e adaptação das culturas do feijão phaseolus carioca e carioca precoce, feijão-caupi, de porte ereto e de porte prostrado.

O pesquisador Brito Neto enfatizou que a preocupação da pesquisa é atender a demanda do agricultor, por isso, 20 cultivares/linhagens de porte ereto e 20 de porte prostrado vêm sendo avaliadas para posterior recomendação e validação de tecnologia. “A região do Semiárido do Estado já possui cultivares recomendadas que atendam a demanda dos agricultores, como por exemplo, a Guariba e a Maratoã, porém já temos conhecimento que outras variedades podem trazer benefícios produtivos para a região e estamos avaliando”, destacou o pesquisador Brito Neto.

Adubação

Observando os experimentos de feijão carioca, com 14 cultivares/linhagens, o pesquisador Edson Houly revelou que já dá para notar a precocidade de alguns materiais, já que a unidade mostrada no nivelamento técnico completou 60 dias de implantação. Os tratos culturais dos experimentos também foram destacados pelo pesquisador. “Foi feita uma adubação de fundação, com 20kg de potássio, 100kg de fósforo e 20 de nitrogênio por hectare. Essaa preparação faz parte da recomendação da Embrapa no processo de validação dos materiais”. As Unidades Demonstrativas são conduzidas por agricultores cadastrados que recebem 5 quilos de sementes para multiplicação e no ano seguinte, outro agricultor será beneficiado.

No encerramento da atividade técnica, a diretora-presidente da Emater/AL, Inês Pacheco, e o gerente regional Eraldo Saturnino, que também é pesquisador, avaliaram como produtivo e fundamental o diálogo entre a pesquisa e a equipe técnica de extensão. “Encontramos uma forma eficiente de diálogo entre essas duas áreas de atuação da Emater/AL. Com ações como essas, superamos o desafio de levar a informação qualificada para o campo”, avaliou a presidente da Emater/AL.