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Alagoas

Talvane Albuquerque é condenado a 103 anos de prisão pela morte de Ceci Cunha

Ex-deputado e assessores condenados pelo Júri Ceci Cunha

O histórico julgamento dos acusados de assassinar a médica e deputada arapiraquense Ceci Cunha, seu marido e mais duas pessoas da família terminou por volta das 4 horas da manhã desta quarta-feira, 19 de janeiro. Após treze anos do crime, a Justiça se pronunciou e decidiu pela condenação do ex-deputado Talvane Albuquerque e de seus quatro assessores. O julgamento do crime que ficou conhecido como “Chacina da Gruta” teve início na manhã da última segunda-feira, 16.

Talvane Albuquerque foi condenado pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal Federal de Alagoas a 103 anos e quatro meses de prisão, por ter sido considerado o autor intelectual dos crimes. Os jurados entenderam que os crimes foram cometidos sem chance de defesa para as vítimas e mediante recompensa financeira, além de assegurar a impunidade de outro crime, configurando assim em homicídio triplamente qualificado.

O réu Jadielson Barbosa, um dos assessores de Talvane, foi condenado a 105 anos de prisão por ser considerado como co-autor dos crimes. A mesma pena foi concedida ao também ex-assessor de Talvane Albuquerque, José Alexandre dos Santos.

A pena para os acusado Alécio César Alves e Mendonça Medeiros foi mais branda. Os jurados entenderam que a participação dos réus no crime foi de menor importância por isso eles foram condenados cumulativamente a 87 anos e três meses de prisão e 75 anos e sete meses de prisão, respectivamente. A pena de todos os condenados deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado.

Para o juiz André Granja, que presidiu o julgamento, a participação dos acusados na chacina ficou clara com as provas que foram apresentadas pela acusação. Segundo o magistrado, não resta dúvidas de que o ex-deputado Talvane Albuquerque mandou matar a deputada Ceci Cunha para assumir a vaga dela na Câmara Federal.