Jairzinho, o Furação da Copa de 1970 levantou o troféu
O tão esperado dia para os amantes alagoanos do futebol, enfim, chegou. Nesse sábado (10), a taça da Copa do Mundo de futebol desembarcou em Maceió, após ter rodado por quase todo o planeta e boa parte do Brasil.
O troféu mais cobiçado do mundo – que mede exatos 36,8 cm, tem peso de 6,175 quilos e será entregue à próxima seleção campeã mundial -, está sendo exposto em estrutura erguida no estacionamento do Shopping Pátio Maceió, no Benedito Bentes.
Vencedor do torneio em 1970, o ex-jogador Jairzinho foi quem teve a honra de apresentar a taça ao público e, em seu discurso, fez questão de exaltar um alagoano especial, apontado por ele como referência em sua carreira: Mario Jorge Lobo Zagallo.
Representando o futebol e o povo alagoano na cerimônia, estavam o também ex-jogador e ídolo do CSA, Catanha, e a líder religiosa Mãe Neide Oyá D'Oxum.
O troféu da Copa do Mundo fica em exposição até as 21h e a entrada no local do evento é gratuita. Somente campeões mundiais e chefes de Estado têm o direito de segurar o cobiçado troféu, que traz gravado na sua parte inferior o nome e o ano de cada ganhador da Copa do Mundo.
Para Jairzinho, estar ao lado da taça na terra de Zagallo é algo marcante em sua vida.
“Estou muito feliz em estar aqui nesta cidade fantástica, que revelou tantos talentos para o mundo, principalmente a figura do Zagallo, que é um cara que eu amo muito. Ele, para mim, é um dos maiores jogadores e treinadores do mundo. Aprendi muito com ele, tanto como companheiro de equipe, quanto como comandado. Sem falar no Catanha, figura que tive o prazer de revelar para o futebol, e que depois veio dar alegria ao torcedor alagoano”, afirmou Jair, imortalizado como o “Furacão” da Copa de 1970.
Presenteado por Jairzinho com uma camisa autografada, Catanha também era só alegria por estar perto da taça da Copa.
Naturalizado espanhol, o ex-jogador chegou a disputar as eliminatórias para o Mundial de 2002 pela seleção espanhola, a “Fúria”, mas acabou ficando de fora da lista final para a competição.
“Bateu na trave a minha participação em um mundial, mas agora estou realizando esse sonho. É uma grande vitória para mim, enquanto jogador, mas, principalmente, para o povo alagoano, que está tendo hoje uma oportunidade única. Ver um objeto tão valioso, que enquanto está sendo disputado, tem o poder de unir as pessoas. Isso é muito importante”, frisou.
A história da Taça da Copa do Mundo
No início dos anos 70, a FIFA encomendou um novo modelo de troféu para o 10º mundial, que aconteceria em 1974, na Alemanha.
Antes, os campeões mundiais erguiam a Jules Rimet, taça que ficou com a Seleção Brasileira após a conquista do tricampeonato, em 1970. Trinta e três desenhos foram enviados à FIFA por artistas plásticos de sete países. O escolhido foi o trabalho do artista italiano Silvio Gazzaniga.
O tour mundial da taça teve seu lançamento em 12 de setembro de 2013, partindo do Rio de Janeiro. De lá pra cá, o troféu passou por 89 países e percorreu mais de 1.500 quilômetros, distância que equivale a três voltas ao redor do mundo. De Maceió, onde fica até às 21 horas deste sábado, o tour da taça segue para João Pessoa, onde fica em exposição no dia 11 de maio. A última parada da Taça será no dia 1º de junho, em São Paulo.
