×

Esporte

Superliga Feminina: Unilever passa pelo Sollys/Osasco e se torna campeã

Cariocas comemoram mais um título nacional

Na sétima final seguida da Superliga Feminina 10/11 entre Unilever (RJ) e Sollys/Osasco (SP), melhor para as cariocas. Neste SÁBADO (30.04), a equipe do técnico Bernardinho venceu as atuais campeãs, por 3 sets a 0 (25/23, 30/28 e 25/19), em 1h34 de jogo, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). Este foi o sétimo título da equipe carioca na competição, o quinto conquistado diante do time de Osasco.

O grande nome da partida foi a atacante Sheilla. A oposto da Unilever marcou 19 pontos – 13 de ataque, cinco de bloqueio e um de saque. Na premiação individual, Sheilla também brilhou. A mineira ganhou o Troféu VivaVôlei como melhor jogadora do confronto e ainda foi eleita a melhor atacante.

Do lado do Sollys/Osasco, a oposto Natália e a ponteira Sassá foram os destaques. Cada uma marcou 14 pontos.

Nas sete finais disputadas entre Unilever e Sollys/Osasco, o time carioca levou a melhor cinco vezes (05/06, 06/07, 07/08, 08/09 e 10/11). Já a equipe paulista venceu duas vezes (04/05 e 09/10).

União e superação

Antes do jogo decisivo, Bernardinho fez questão de trabalhar dois sentimentos na conversa com a equipe: união e superação. “Conversei com o grupo e fiz questão de exaltar que a união e a superação iriam nos levar a esta conquista. Só seríamos campeões com uma equipe unida. Uma grande jogadora ganha uma partida, mas somente um grande time ganha um campeonato”, destacou Bernardinho.

Para o treinador, a Unilever cresceu no momento certo. “A equipe chegou nos playoffs no seu melhor momento. Na reta final, jogamos cinco jogos e ganhamos todos por 3 sets a 0. Isso foi primordial”, destacou Bernardinho, que disse que a equipe entrou em quadra de maneira correta.

“A consistência do time e a convicção na vitória nos deu esse título também. Entramos em quadra sabendo o que tínhamos que fazer e não tiramos isso da mente em momento algum. Sabíamos que não poderíamos vacilar. O Sollys/Osasco tem uma grande equipe e uma qualidade de passe muito boa”, completou o treinador, que esteve à frente da Unilever nos sete títulos da Superliga.

Luizomar: “não podemos desprezar este vice-campeonato”

Do lado do Sollys/Osasco, o sentimento de tristeza era evidente. Mesmo assim, o treinador Luizomar de Moura destacou o espírito de luta da equipe. “Não podemos desprezar este vice-campeonato. Faltou aproveitarmos as oportunidades durante a partida. Sabíamos que teríamos que sacar muito bem. Até que conseguimos fazer isto nos dois primeiros sets, mas nossos contra-ataques não foram eficientes”, avaliou Luizomar.

O treinador espera manter uma equipe competitiva para a próxima temporada. “Vamos fazer de tudo para o Sollys/Osasco continuar com um time forte que nos permita chegar a mais uma final. Tivemos uma temporada extremamente difícil, com a contusão da Jaqueline durante a Superliga. Além dela, a Natália jogou no sacrifício várias partidas, com dores na canela”, disse Luizomar de Moura.

O JOGO

O jogo começou extremamente equilibrado. O primeiro ponto só saiu depois de um belo rally. E foi da Unilever, num ataque de Sheilla. Em um erro de saque da central Valeskinha, o Sollys/Osasco abriu dois pontos (16/14). Depois de duas falhas seguidas de ataque das atuais campeãs da Superliga, a Unilever tomou a liderança do placar: 19/18. A partir desse momento, o time do Rio de Janeiro dominou a parcial e fechou com um ponto de bloqueio de Juciely sobre a campeã olímpica Jaqueline (25/23). Sheilla e Natália, do Sollys/Osasco, foram as maiores pontuadoras do set, com seis pontos cada. O bloqueio foi a principal arma das cariocas. Foram cinco pontos contra apenas um das paulistas.

O Sollys/Osasco voltou melhor para o segundo set. Mas numa boa sequência de saques da central Valeskinha, a Unilever chegou à frente na primeira parada técnica (8/7). A liderança se alternou entre os times até que o volume de jogo das cariocas fez a diferença. Ao defender e bloquear com eficiência, a Unilever abriu três pontos (20/17). Neste momento, as atuais campeãs mostraram força numa boa sequência de saques da levantadora Carol e empataram: 20/20. A parcial seguiu indefinida. No ace da mineira Sheilla, a Unilever fechou: 30/28, para delírio da torcida. E a atacante da equipe do Rio de Janeiro teve atuação destacada na parcial, ao marcar oito pontos.

A Unilever continuou dominando o jogo na terceira parcial. Logo no início, abriu três pontos. No segundo tempo técnico, a vantagem das cariocas aumentou para cinco (16/11). O Sollys/Osasco não teve forças para reagir e foi totalmente dominado pelo adversário. No final, a Unilever administrou a vantagem, venceu o set (25/19) e conquistou o sétimo título da sua história.

EQUIPES

SOLLYS/OSASCO – Carol Albuquerque, Natália, Sassá, Jaqueline, Thaísa e Adenízia. Líbero – Camila Brait

Entraram – Thais, Samara, Juliana e Ana Tiemi

Técnico – Luizomar de Moura

UNILEVER – Dani Lins, Sheilla, Mari, Regiane, Juciely e Valeskinha. Líbero – Fabi

Entraram – Amanda e Roberta

Técnico – Bernardinho

NÚMEROS DA PARTIDA

SOLLYS/OSASCO

Ataque – 43

Bloqueio – 12

Saque – 1

Erros do adversário -24

UNILEVER

Ataque -43

Bloqueio – 8

Saque – 4

Erros do adversário – 15