O superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 8,096 bilhões, em setembro, segundo informou hoje (31) o Banco Central (BC). No mesmo período do ano passado, o superávit primário foi de R$ 28,157 bilhões.
Mas a economia não foi suficiente para cobrir os gastos com juros, que chegaram R$ 17,267 bilhões. Com isso, o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 9,171 bilhões.
Em setembro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 5,982 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) contribuíram com R$ 2,161 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 46 milhões.
Nos nove meses do ano, o superávit primário do setor público consolidado chegou a R$ 104,637 bilhões, ante R$ 76,938 bilhões registrados em igual período de 2010. A meta de superávit primário do setor público este ano é R$ 127,9 bilhões.
De janeiro a setembro, os gastos com juros chegaram a R$ 177,474 bilhões, contra R$ 141,204 bilhões registrados nos nove meses de 2010. No acumulado até setembro, o déficit nominal ficou em R$ 72,838 bilhões, ante R$ 64,266 bilhões de igual período do ano passado.
Em 12 meses encerrados em setembro, o superávit primário chegou a R$ 129,394 bilhões, o que corresponde a 3,25% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Os gastos com juros chegaram a R$ 231,639 bilhões ou 5,81% do PIB. Nesse mesmo período, o déficit nominal ficou em R$ 102,245 bilhões, que correspondem a 2,57% do PIB.
O BC também informou que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,481 trilhão em setembro, o que corresponde a 37,2% do PIB, uma redução de 2 pontos percentuais em relação a agosto. A projeção do BC é que a dívida líquida do setor público corresponda a 38,5% de tudo o que o país produzir (PIB) este ano. Em setembro, a dívida bruta do governo (Tesouro, Previdência, governos estaduais e municipais) chegou a R$ 2,226 trilhões, o que corresponde a 55,9% do PIB, com redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.