A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) realizou nesta terça-feira, 9, por meio da Polícia Civil e da Polícia Militar, duas operações que resultaram na apreensão de 16 quilos de cocaína, dois quilos de maconha e 50 pedras de crack. Foram presas nas duas ações quatro pessoas de duas quadrilhas que têm como mandantes traficantes presos em Sergipe.
No primeiro caso, o Departamento de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil flagrou Thiago Borges dos Santos, 23 anos, quando ele chegava de São Paulo (SP) num ônibus com 16 quilos de cocaína e dois quilos de crack, numa sacola. A encomenda foi feita por Emerson Santos da Conceição, 24, interno do Presídio de Tobias Barreto, por meio de Andréa Barbosa Silva, 21, irmã de outro homem preso na unidade.
Segundo o superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista, Thiago estava foragido de uma casa de detenção na capital paulista desde agosto deste ano e quando obteve liberdade temporária no Dia dos Pais e não mais retornou à cadeia. “Ele aguardava julgamento por tráfico de drogas em São Paulo e ainda respondia em liberdade em Sergipe por um roubo ocorrido em Barra dos Coqueiros”, resumiu, acrescentando que houve participação da Divisão de Inteligência (Dipol) na investigação.
A outra operação foi realizada pela Companhia de Radiopatrulha (CPRp) da Polícia Militar a partir de denúncias. Jocelina Santos Silva, 29 anos, e Adriana Roberta Santos, 19, estavam com 50 pedras de crack numa casa no Santa Cecília, em Nossa Senhora do Socorro. Elas são, respectivamente, a irmã e a namorada de Ginaldo da Silva Reis, 24 anos, que está preso desde 2009 no Presídio de São Cristóvão, por tráfico e latrocício.
De acordo com o chefe do Comando de Policiamento Militar da Capital interino, tenente-coronel Enilson Aragão, as duas traficantes agiam sob o comando de Ginaldo. “Recebemos a informação de que elas estavam vendendo crack no imóvel onde residem e então deslocamos equipes para a área. Durante a abordagem as drogas foram encontradas prontas para a negociação”, informou o oficial.
Presos
Os supostos líderes das duas quadrilhas deverão ser acionados judicialmente e poderão responder paralelamente às novas acusações, sem prejuízo aos processos antigos. Ginaldo Reis é condenado a 25 anos por latrocínio e seis por roubo. Emerson da Conceição cumpre nove anos de pena por tráfico e aguarda julgamento por roubo. Já Thiago Borges, que trouxe a droga de SP estava em liberdade provisória autorizada pela justiça e não mais retornou à cadeia, onde esperava ir a júri por tráfico.
Segundo o secretário-adjunto da Segurança Pública, Aelson Resende, a Polícia Civil e a Polícia Militar têm tido colaboração da Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc) no enfrentamento ao crime, em especial ao tráfico de entorpecentes. “As investigações têm recebido apoio do Desipe [Departamento do Sistema Penitenciário] para identificar e desarticular quadrilhas que tenham alguma participação de internos de presídios sergipanos e essas ações vão continuar”, afirmou.