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Sergipe

SSP-SE afirma que atentado contra o presidente do TRE/SE foi crime de mando

A cúpula da SSP-SE concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira, 18

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira, 18, para informar sobre o atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE), desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça. O crime ocorreu na avenida Beira Mar, no bairro 13 de Julho, zona sul de Aracaju, e também feriu gravemente o cabo Jailton Pereira Batista, 41 anos, motorista do magistrado.

A informação é que quatro homens encapuzados em um carro modelo Honda City chegaram atirando no fundo do veículo oficial Fiat Linea, de placa PJ-07, do desembargador. Mais de 30 tiros de escopeta e pistola foram disparados, deixando o motorista do carro, o cabo da Polícia Militar foi ferido. O desembargador não foi atingido pelos disparos, mas por estilhaços dos vidros do carro, que acabaram ferindo partes do corpo de Mendonça.

O policial militar foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde passou por uma cirurgia bem sucedida na cabeça. O desembargador foi conduzido a um hospital particular, onde continua internado, mas com bom estado de saúde. O secretário da Segurança Pública do Estado confirmou que ele passa bem e, inclusive, prestou informações valiosas às forças policiais do Estado.

Durante a coletiva, o secretário informou que toda a polícia sergipana está mobilizada na captura dos pistoleiros e na elucidação do crime. Eloy descartou, a princípio, que o crime tenha motivação com a atividade funcional do desembargador, ou seja, com relação direta ao pleito eleitoral deste ano. No entanto, o secretário afirmou não ter dúvidas de que o desembargador foi vítima de crime de mando. “As circunstâncias do local do crime não deixam dúvidas: foi crime de mando”, afirma o secretário.

Por sua vez, o superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista, reiterou que o pleito eleitoral de Sergipe é “tranquilíssimo” e que a hipótese de crime eleitoral não se sustenta. João Batista pediu paciência à sociedade e adiantou que a polícia trabalha com afinco para elucidar o caso. O superintendente confirmou que entrou em contato com a Polícia Federal em função da vítima ser o presidente do TRE, porém, é a Polícia Civil que ficará responsável pelo inquérito porque se trata de um crime comum.

“Não podemos mencionar nomes de suspeitos nesse momento porque se fizermos isso iniciaremos errado o inquérito policial”, explicou João Batista, ao responder indagações da imprensa a respeito de nomes de pessoas suspeitas de ser mandantes do crime. Os responsáveis pelas investigações em Sergipe serão os delegados André Baronto e Thiago Leandro, do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), e Cristiano Barreto, diretor do Subsistema de Inteligência em Segurança Pública (Sisp).

O comandante geral da Polícia Militar, coronel José Carlos Pedroso, e o coronel Maurício Iunes, comandante do policiamento militar da capital, informaram que as divisas do Sergipe estão monitoradas e adiantou que a família do desembargador Luiz Mendonça está sob proteção do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

“O atentado a uma autoridade constituída é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e a soberania do povo de Sergipe. Para nós, prender os executores e os mandantes desse crime é uma questão de honra”.

Ao chegar à cidade de Brasília (DF), às 10 da manhã desta quarta-feira, 18, proveniente do Rio de Janeiro, o governador Marcelo Déda tomou conhecimento do atentado perpetrado contra a vida do desembargador Luiz Mendonça, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que feriu também o motorista que o servia.

Imediatamente, o governador entrou em contato com o secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, recebendo um relato pormenorizado da ocorrência. O governador determinou a mobilização imediata da polícia sergipana, que deverá utilizar todos os equipamentos e meios disponíveis na perseguição aos pistoleiros e na elucidação do caso, objetivando identificar e prender os responsáveis.

Marcelo Déda determinou que o secretário da Segurança Pública disponibilizasse ao desembargador, à sua esposa, bem como aos seus familiares, medidas de proteção policial. O governador também conversou com a esposa do desembargador Luiz Mendonça, a procuradora Geral de Justiça, Maria Cristina Foz Mendonça, onde prestou integral solidariedade ao desembargador e à procuradora, relatando as providências adotadas pelo secretário de Segurança