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Sergipe

SSP escala mais de 100 policiais para garantir segurança da 12ª Parada Gay de Sergipe

Coronel Jackson Nascimento

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe colocou em prática na tarde deste domingo, 11, o esquema de segurança para a 12ª Parada do Orgulho Gay de Sergipe, realizada na avenida Santos Dumont, na Orla da Praia de Atalaia. Foram disponibilizados 110 policiais militares e seis viaturas para acompanhar os trios elétricos e patrulhar as áreas periféricas do evento.

De acordo com o coronel Jackson Nascimento, comandante do policiamento militar da capital, os militares foram treinados ao longo da semana sobre como realizar abordagens nos participantes da parada, sem causar constrangimentos e preconceitos no público LGBT.

“Estamos trabalhando em parceria com a Polícia Civil com intuito de coibir confusões durante o evento”, destacou. O oficial ressaltou, ainda, o trabalho de conscientização e informação feito com os policiais nos dias que antecederam o evento. “Foi dada instrução sobre como realizar abordagens nos participantes da Parada GLBT a fim de minimizar constrangimentos e coibir abusos”, destacou.

Delegada Nalile BispoUma série de reuniões ocorreram entre as lideranças do movimento e a cúpula da Secretaria de Segurança Pública. Foi formatado o tema “Segurança Pública sem homofobia. A Polícia Civil abraça a causa”. “Esse slogan será utilizado em todas as paradas de Sergipe e tem como meta mostrar que a Polícia Civil também quer igualdade de gênero e abraça a causa LGBT”, garantiu a delegada Nalile Bispo.

A Polícia Civil levou para a parada um ônibus itinerante com dois delegados, equipe de cartório e de investigação. De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho de Políticas Públicas para a população LGBT da SSP, delegado Mário Leony, a polícia está presente no evento para garantir que o público se manifeste sem ser importunado ou agredido em seus direitos. Para o delegado, a violência homofóbica é inadmissível, mas, infelizmente, os números mostram dados preocupantes.

Delegado Mário Leony”Conforme estatísticas do Grupo Gay da Bahia, um homossexual é morto no Brasil a cada três dias. Esta intolerância com o que as pessoas acreditam ser diferente é algo que a sociedade não pode mais permitir”, enfatizou.

Ednalva – MOLSEste ano a Parada do Orgulho Gay trabalhou o tema: “Estamos em todos os lugares. Sexualidade não tem a ver com competência.” A coordenadora do Movimento de Lésbicas de Sergipe (MOLS), Ednalva Monteiro, ressaltou que o trabalho da SSP na parada é de suma importância. “Todos os anos a polícia mantém com eficiência a segurança dos convidados, turistas e dos participantes que vem prestigiar o evento. Além disso, a SSP criou um Grupo de Trabalho, que é composto de pessoas do movimento LGBT de SE. Acho que essa interação é muito positiva para nós”, frisou.

Corpo de Bombeiros

Também foram escalados 12 salva-vidas em toda extensão da Orla, além de quatro mergulhadores. No posto do Corpo de Bombeiros da Orla foi posicionado viaturas de emergência para qualquer situação de ocorrência. O efetivo foi coordenado pelo comandante do Grupamento Marítimo, tenente Barbosa.