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Maceió

SMS promove capacitação sobre dengue e meningite

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), promoveu, nesta quinta-feira (30), uma capacitação sobre dengue e meningite direcionada a médicos e enfermeiros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCHI) dos hospitais de Maceió e para os profissionais dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica do município. O objetivo do treinamento foi capacitar os profissionais para o diagnóstico precoce das duas doenças e alertar para a importância da notificação imediata dos casos.

O médico infectologista do Hospital Helvio Auto, Fernando Maia, ministrou uma palestra sobre meningite, suas principais características, diagnóstico e tratamento. “A causa da meningite varia de acordo com o tipo. A mais comum das meningites é aquela causada por vírus, mas há casos também da doença provocada por bactérias. Menos comum, a meningite causada por fungos também pode surgir. Seu início é súbito, geralmente com febre alta e hipotermia, vômito, cefaléia intensa, distúrbios de consciência, rigidez no pescoço, entre outros”, explicou.

A meningite traz complicações diversas, entre elas abscessos cerebrais, retardo mental e sequelas motoras severas, quando não leva a óbito. Seu diagnóstico é feito por um especialista tendo como base o histórico do paciente, exame físico e alguns exames específicos, como cultura de sangue em que a amostra de sangue do paciente é enviada para laboratório, onde é realizada uma cultura de microrganismos, em especial de bactérias. Também são feitos exames de imagem como raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética que irão identificar sinais de infecções pelo corpo.

O tratamento da meningite também depende da causa e da idade do paciente, mas geralmente é feito por meio de antibióticos, corticóides, antivirais ou fungicidas. Como medidas profiláticas, os profissionais de saúde também devem realizar o isolamento respiratório por 24 horas após o início do antibiótico e administração de Rifampicina (medicamento utilizado no tratamento). Os contatos respiratórios próximos do paciente infectado também devem tomar a Rifampicina como medida preventiva.

Notificação de dengue e Chikungunya

Fábio Henrique Peixoto, técnico da Vigilância Epidemiológica, ligada à Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS, falou sobre a importância da notificação compulsória e imediata de casos suspeitos de dengue e febre Chikungunya. “Nos casos de dengue, geralmente a notificação é feita pelos hospitais em até uma semana, já no caso da febre Chikungunya essa notificação precisa ocorrer em até 24 horas, para que a equipe de controle vetorial vá até a residência do paciente, ao bairro e realize as medidas necessárias de controle”, explicou.

Peixoto ressaltou ainda que por meio da notificação ou mesmo do informe de casos por telefone, técnicos da SMS se deslocam até a residência do paciente para a coleta da sorologia. A notificação deve ser feita com base em casos suspeitos e não confirmados, já que esta última é realizada pelo próprio serviço de saúde. Pacientes que apresentem pelo menos dois sintomas, entre eles dor de cabeça, prostração, dor muscular, já podem ser considerados suspeitos.

“Todo caso deve ser testado primeiro para dengue e depois para a Chikungunya, já que Maceió não é uma área endêmica e não há casos confirmados na capital. Para um paciente ser diagnosticado com a Chikungunya é preciso que ele apresente febre de início súbito maior que 38,5°, artrite intensa e ter visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do aparecimento dos sintomas”, finalizou Peixoto.