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Maceió

SMS de Maceió alerta para a proliferação de caracol africano no período chuvoso

Caracol africano pode transmitir doenças à população

Com a incidência de chuvas nesta época do ano, é comum que aconteça a proliferação do caracol africano. O excesso de umidade é favorável para o desenvolvimento do molusco responsável por causar impactos tanto à biodiversidade quanto à saúde pública, podendo transmitir doenças à população, como a angiostrongilíase meningoencefálica humana e a angiostrongilíase abdominal.

Por isso, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta os maceioenses para que fiquem atentos ao encontrar essa espécie em algum ambiente, a fim de que seja feito o correto manuseio do molusco.

De acordo com Carlos Fernando Rocha, biólogo e responsável técnico do Laboratório de Entomologia da UVZ, o caracol africano é uma praga que está presente em todo e qualquer terreno que tenha o mínimo de vegetação, e em Maceió não é diferente. Logo, é preciso tomar os cuidados necessários para evitar o contato com esse molusco.

“Atualmente, o caracol africano é reconhecido como uma das piores espécies invasoras em todo o mundo porque causa impactos ambientais, econômicos e de saúde pública. A OMS classifica esse animal como uma das 100 piores pragas do mundo. No Brasil, o caracol africano já foi registrado em 23 estados, ocorrendo em diferentes ecossistemas. Em Alagoas e, principalmente, Maceió, o molusco está amplamente disseminado. Praticamente em todo terreno com o mínimo de vegetação, eles estão presentes”, destaca.

O biólogo ainda ressalta que a quadra chuvosa (de abril a julho) é propícia para a proliferação do caracol africano. Contudo, ele reforça que a UVZ possui um canal de comunicação para ocorrências relacionadas à espécie, com o objetivo de passar as orientações necessárias à população para realizar o controle do molusco.

“O caracol africano é um molusco que se prolifera intensamente em épocas de chuva. E agora, com a quadra chuvosa, esperamos que a demanda por atendimento aumente consideravelmente. Para isso, a UVZ tem um canal para o cidadão enviar sua mensagem relatando o tipo de terreno e vegetação em que os caracóis estão. A partir dessas informações, o biólogo responsável pelo laboratório de Entomologia responde com todas as orientações necessárias para que a pessoa realize o controle dessa praga”, afirma.

Passo a passo para o controle

Para realizar o controle da praga, é importante se atentar a algumas medidas eficazes para o manuseio e eliminação do caracol africano. Abaixo, a UVZ traz um passo a passo com orientações sobre como fazer o manejo correto ao encontrar o molusco:

1. Antes da coleta, deixar preparado uma calda forte de tinta de cal ou uma solução de 3 partes de água de torneira para 1 parte de água sanitária;

2. Com as mãos protegidas por luvas, realizar coleta manual de todos os caracóis que encontrar e colocar em balde ou latão. À medida que for recolhendo os caracóis, fazer o depósito dos mesmos nessas soluções, pois irão eliminá-los;

3. Após a coleta, proceder com a limpeza do terreno. Estando limpo, ciscar o terreno no chamado “pé” do muro, pois é nesse local onde estão os ovos e os filhotes;

4. Também no local ciscado, proceder com o polvilhamento do terreno com cal em pó, ou seja, espalhar a cal em cima do terreno ciscado. Pode-se também, pintar o muro com uma calda forte de cal, pois esse material é tóxico e mata os caracóis;

5. Realizar a capina periódica e manter o quintal, jardim ou terreno sempre limpo, sem mato nenhum, pois os raios solares matam os caracóis.

Contato

A Unidade de Vigilância de Zoonoses não realiza a eliminação dos caracóis africanos em locais públicos e privados, mas orienta a realização da remoção dos moluscos. Qualquer munícipe pode entrar em contato com a UVZ através do WhatsApp (82) 98882-5485 para obter avaliação e orientação em relação à eliminação de caracóis africanos.