Slum orienta sobre descarte adequado do lixo eletrônico em Maceió
Lugar de lixo é no lixo. A frase de efeito é correta, no entanto requer o cuidado e a atenção do maceioense na hora de se desfazer de objetos que se tornaram obsoletos. Isso porque há determinados resíduos que podem gerar danos à saúde pública e ao meio ambiente caso descartados de forma errada ou em espaços inapropriados, como é o caso do lixo eletrônico.
Segundo orienta o titular da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), David Maia, materiais como celular, baterias e eletroeletrônicos não devem ser descartados em lixeiras comuns, como a do resíduo domiciliar, mas sim em locais específicos.
“Infelizmente uma grande parcela dos cidadãos não tem consciência sobre os riscos de jogar uma televisão, por exemplo, em um ponto de lixo ou em terreno baldio. Este e outros resíduos classificados como lixo eletrônico têm na composição química o berílio, mercúrio, cádmio, chumbo e outros, que podem contaminar o solo e a água, além de expor os garis e catadores a doenças graves em consequência ao contato com estas substâncias. É preciso se conscientizar que também há o fator do lixo eletrônico, na maior parte dos resíduos, é composto por plástico, vidro e metal, o que dificulta a decomposição”, ressalta David Maia.
De acordo com a classificação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o lixo eletrônico está na categoria de Resíduos Especial cuja coleta deve ser por meio da logística reversa, com o resíduo devolvido pelo consumidor ao fabricante ou ponto comercial em que fez a compra. A logística ainda não está regulamentada, depende de definições do próprio Governo Federal, mas o recebimento do lixo eletrônico vem sendo feito por empresas que se responsabilizam pela destinação final do material.
Em Maceió, o local habilitado para esta finalidade é a Bio Digital, uma empresa que recebe e coleta equipamentos eletrônicos a serem descartados. E o melhor: ela vai buscar as peças na casa do consumidor, sem custo – a única exceção são os monitores, em que é cobrada uma taxa de R$ 5 por item.
Além de TVs, computadores, no-breaks e baterias de celular e notebook, a Bio Digital também coleta os aparelhos da chamada “linha branca”, geladeira, ar-condicionado, micro-onda e máquina de lavar. “Levamos o material para o nosso galpão e lá fazemos um processo de triagem. Descaracterizamos o material e separamos por tipo de matéria: alumínio, cobre, ferro, plástico e vidro, entre outros”, explica o empresário Jadiel de Lira. Depois, cada tipo de matéria-prima é enviado para indústrias de reciclagem localizadas em outros estados do Brasil.
A empresa tem três anos de funcionamento e opera com capacidade para o recebimento de todo o lixo eletrônico produzido em Maceió, segundo conta o proprietário da Bio Digital. A entrega deste resíduo à Bio Digital tem crescido gradativamente. No ano passado, a média mensal de coleta da sucata foi de 12 toneladas. Já o balanço do primeiro semestre de 2016 aponto um crescimento considerável: 16 toneladas a cada mês.
De acordo com Jadiel, a empresa também está empenhada em ações sociais. Com o processo de descaracterização das máquinas recebidas, a Bio Digital montou 10 computadores que serão disponibilizados à população do conjunto Clima Bom em um laboratório de informática completamente gratuito, promovendo a inclusão digital.
Para fazer a entrega do lixo eletrônico, basta ligar para um dos contatos (82) 9648-7044 / 8705-9133 / 9157-8481 ou procurar a sede da empresa, que fica na Rua Eliete Rolemberg de Figueiredo, 476-E – Clima Bom.
