O chorume produzido pelo lixo do Aterro Sanitário de Maceió está tendo o devido tratamento, antes de ser lançado na rede de esgoto do emissário submarino. E o transporte em caminhões tanque segue as normas estabelecidas no relatório final do estudo de Gerenciamento Integrado para Transferência e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos de Maceió, assinado pelo Grupo de Estudos de Resíduos Sólidos e Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
A afirmação foi feita nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva, pelo consultor técnico da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), Alder Flores, em resposta a questionamentos feitos por meio da imprensa, sobre a adequação do tratamento o do transporte do chorume.
Segundo Alder Flores, o estudo de gerenciamento – resultado de convênio entre a Prefeitura de Maceió e o grupo de estudos da Ufal – estabelece, entre outras coisas, as diretrizes para o funcionamento do aterro sanitário de Maceió e destinação adequada para os resíduos, e nele consta: “o efluente, mesmo depois de tratado, não deverá ser lançado no corpo d´água, deverá ser previsto seu descarte no emissário submarino de Maceió, seja via caminhão tanque ou emissário conectado a rede coletora de esgoto”.
Além disso, segundo o consultor técnico da Slum, todos os laudos, inclusive os mais recentes, tiveram a aprovação da Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento de Alagoas (Casal). “Se o chorume não estivesse tratado adequadamente, não seria nem recebido no emissário, pela Casal”, argumenta ele.
O laudo mais recente, emitido esta semana, por exemplo, mostra que o chorume coletado no dia 10 entrou na célula com um índice de 9,22 de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e saiu com 2,73, o que significa uma redução de mais de 90% da carga poluidora.
“Tudo está de acordo com as normas. E isso pode ser confirmado em documentos da Secretaria do Meio Ambiente, da Casal, nos cálculos e laudos analíticos, e conferem com o estudo de gerenciamento da Ufal . Está tudo aqui. E vamos nos antecipar e encaminhar esses documentos para o Ministério Público na próxima semana”, disse ele.
O secretário Ricardo Ramalho, da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), confirmou que todo o processo operacional do Aterro Sanitário vem sendo acompanhado e monitorado, por meio da fiscalização da Sempma, e que não têm sido detectadas irregularidades que prejudiquem o meio ambiente. “L ógico que todo inicio precisa de ajustes,mas tudo está dentro dos procedimentos previstos no Termo de Ajustamento de Conduta”, disse ale, anunciando para a próxima terça-feira uma nova vistoria no aterro.
Ele e Alder Flores destacaram que a meta é a melhoria cada vez maior desse processo de tratamento, até chegar ao padrão de reaproveitamento d o chorume em outros processos, processos como o de irrigação. Mas isso depende da utilização de produtos químicos que ainda estão sendo adquiridos. Segundo informou Alder Flores.