2013 foi um ano de muitas conquistas na área de educação do sistema prisional de Alagoas. Em consequência dos bons resultados alcançados em 2012, o número de candidatos inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e no Programa Universidade para Todos (Prouni) passou de 193 para 272. Isso representa 9% da população carcerária.
Desse total, 35% concorreram ao Sisu e 13% ao Prouni. Segundo a gerente de Educação da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap), Andréa Rodrigues de Melo, cinco candidatos alcançaram pontuação para requerer a certificação de conclusão de ensino médio.
“Até o momento, na primeira chamada do Sisu, dois candidatos conseguiram vaga na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nos cursos de Letras e Matemática. Estes mesmos candidatos conseguiram ser selecionados em faculdades particulares com bolsa integral”, destacou a gerente.
Um dos aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é o reeducando Jadielson Barbosa da Silva, interno no Presídio Baldomero Cavalcanti. Para Jadielson, que trabalha como alfabetizador do Projeto Brasil Alfabetizado, a Sgap ofereceu todas as condições para que fosse aprovado.
“Com o apoio dentro do sistema e a ajuda da família que trouxe o material didático necessário foi possível a aprovação. Estudava sempre à noite na minha cela, de uma a duas horas por dia”. Para o reeducando, a educação deixa o corpo e a mente fortalecidos.
Jadielson já foi pré-selecionado para o curso de Letras de uma universidade que oferece curso na modalidade à distância. “Já fiz a pré-matrícula e agora espero a decisão da justiça para começar a estudar”, afirma o interno.
Criado em 1998 o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica. A partir de 2009, passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção para o ingresso no ensino superior.
Para Andréa Rodrigues a Superintendência Penitenciária já começou a discussão com o objetivo de ampliar e melhorar a qualidade da preparação dos reeducandos para a seleção do Enem em 2014. “A educação básica e a formação profissional são prioridades e a base para o trabalho de reintegração social da Sgap”, concluiu a educadora.
