A operação está sendo realizada por uma equipe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), como parte de uma resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU após um acordo entre a Rússia e os Estados Unidos.
“Hoje é o primeiro dia da missão, em que veículos pesados vão destruir mísseis, bombas químicas aéreas e unidades de mistura e preenchimento estáticas, afirmou uma fonte da equipe da OPAQ à agência de notícias AFP.
Não está claro qual das 19 instalações de armamentos químicos declaradas pelo governo sírio está sofrendo a intervenção neste domingo.
A operação deve encontrar obstáculos pelo caminho, já que algumas instalações militares estão localizadas em zonas de combate.
A resolução acordada no Conselho de Segurança se seguiu à pressão da comunidade internacional após um ataque com armas químicas no dia 21 de agosto, no subúrbio de Ghouta, nos arredores da capital Damasco.
Um relatório divulgado semanas depois por uma equipe de inspetores de armas químicas da ONU apontou que o agente químico sarin foi usado do ataque, que teria matado centenas de pessoas.
Os Estados Unidos e outras potências ocidentais como a França apontaram o regime de Bashar Al-Assad como o autor do ataque e ameaçaram atacar o país. O governo sírio, por sua vez, nega até hoje qualquer responsabilidade e acusa os rebeldes de terem lançado as bombas contra os civis.
A Rússia, aliada de Assad, comandou uma negociação diplomática entre Damasco e Washington que evitou uma intervenção militar ocidental na Síria e levou o país a assinar a Convenção de Armas Químicas. O documento prevê que o país libere todas as informações sobre seu arsenal químico e permita sua destruição.
O acordo com a Síria abriu caminho para a aprovação da resolução do Conselho de Segurança, que não aponta culpados, mas exige que o arsenal químico do país seja destruído até meados de 2014.
Apesar de o documento se referir ao Capítulo 7 da Carta da ONU, que permite o uso da força militar, uma segunda resolução autorizando tal medida seria necessária.
Acredita-se que o arsenal químico da Síria inclua mais de mil toneladas de gás sarin, mostarda, ácido sulfúrico, entre outros agentes químicos banidos.
