Na próxima segunda-feira (13/01), a partir das 14h30, o Conselho Universitário da Ufal se reúne para deliberar sobre a assinatura de contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para que esta empresa assuma a administração do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). O Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) que é contrário a medida por entender que tal mudança representa a privatização do HUPAA já marcou para o mesmo dia, a partir das 10h, uma concentração na entrada da Ufal, para mobilizar a comunidade a pressionar o Consuni a votar contra a implantação da Ebserh.
“A assinatura deste contrato é na prática a privatização do Hospital Universitário” desabafa Emerson Oliveira, coordenador geral do Sintufal. Ele afirma que na segunda-feira (13/01) a mobilização do Sindicato buscará barrar a manobra golpista do reitor da Ufal, Eurico Lôbo. Principal defensor da proposta de privatização do HUPAA e de sua entrega a Ebserh. O Sindicato denuncia, ainda, que com a mudança o Hospital Universitário deixará de ser “100% SUS”. Passando a vender serviços à rede privada. Desta forma a principal prejudicada será a população mais humilde que utiliza os serviços do HUPAA.
“Não podemos permitir que tal manobra tenha sucesso. Precisamos do empenho de todos para que na segunda-feira (13/01) a partir das 10h, na entrada da Ufal, vamos iniciar nossa concentração e ato público para convencer os conselheiros a votarem contra a assinatura de contrato e o parecer do Cura” explicou o dirigente sindical Emerson Oliveira. Na pauta da convocação da reunião o texto é claro: “Deliberação sobre a assinatura de contrato da Ufal com a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e homologação do parecer aprovado pelo Conselho de Curadores – CURA/UFAL acerca da cessão de uso de bem público e de outros equipamentos decorrente da adesão da UFAL”.
O Sintufal destaca que é necessária participação de toda comunidade universitária (estudantes, técnicos e professores) na luta em defesa do HUPAA 100% SUS. “Não podemos permitir que a manobra liderada pelo reitor tenha sucesso. É por isso que a administração central da Ufal nunca quis o debate sobre o tema. E busca empurrar a implantação da Ebserh sem qualquer tipo de discussão. É evidente que o processo de implantação vem ocorrendo de forma autoritária” afirma texto publicado no site do Sindicato.
Na publicação, divulgada em seu site o site oficial, o Sintufal, lembra ainda, que em setembro de 2012, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS), se posicionou contra a aprovação da Lei Nº 12.550, que sancionou a criação da Ebserh em 15 de dezembro de 2011. Na oportunidade o CNS aprovou moção de repúdio a Ebserh, afirmando que “a precarização, resultante do processo de terceirização, é um mal para o serviço público, por se constituir, na maioria, um canal de corrupção, de clientelismo, de nepotismo, de baixa qualidade nos serviços públicos prestados à população”.