Caracterizada por crises graves de ansiedade sem causa específica, a Síndrome do Pânico pode prejudicar a qualidade de vida de quem é acometido por esse mal, sendo responsável por sintomas psicológicos, físicos e cognitivos. A psicóloga do Hapvida Saúde, Marcela Clementino, explica que a pessoa desenvolve um medo intenso de morrer e de que estes ataques se tornam recorrentes, deixando, muitas vezes, de frequentar lugares em que estavam quando tiveram as crises, associando-as ao local.
A psicóloga explica que, em pacientes com síndrome do pânico, percebe-se a descrição de mais sintomas físicos, como se fosse ter um infarto ou apresentasse problemas sérios no pulmão, como, por exemplo, dificuldade com a respiração.
“É comum que estes pacientes consultem vários especialistas para descobrir a doença que a está 'matando', quando na verdade trata-se de um transtorno psiquiátrico”, afirma a psicóloga do Hapvida.
Entre os sintomas estão dor no peito, náusea, diarreia, dificuldade de respirar, asfixia, dor no peito, taquicardia, dor de cabeça, extremo sofrimento psicológico, preocupação com os ataques, tensão de que retorne, e até mesmo apresentar sensações irreais.
A Síndrome do Pânico pode estar associada a outros problemas psiquiátricos, como transtornos de ansiedade e de humor, além de dependência de álcool ou outras drogas.
O tratamento para a doença se dá através de antidepressivos e ansiolíticos, associados à psicoterapia. Com o psicólogo, o paciente irá descobrir o que está acontecendo e entender suas crises antes, durante e depois, a respaldando na história de vida, e proporcionando também o autoconhecimento.
Já o psiquiatra irá prescrever a medicação que irá diminuir e controlar os ataques de pânico. Com o tempo, os sintomas podem cessar completamente ou serem controlados, tornando-se mais leves, dependendo de cada paciente.
“Não há uma causa específica que possa originar a Síndrome de Pânico, pois todo sujeito é único, e não se pode fechar em apenas uma origem. Porém, como todos os transtornos psiquiátricos, seu desenvolvimento e causa envolvem fatores ambientais, culturais e genéticos. Assim, vai depender da história de vida, personalidade, forma de criação, onde mora, e antecedentes genéticos familiares”, explicou a psicóloga do Hapvida.