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Alagoas

Sindapen emite nota sobre greve e situação nos presídios de Alagoas

Após 10 dia de greve, o SINDAPEN junto com o comando de greve reuniu-se com o futuro secretario de Defesa Social, coronel Dario César, para discutir as questões relativas à greve.

Desde sexta feira, 21, quando o presidente do SINDAPEN recebeu a noticia de que o então comandante da PM-AL iria intermediar uma conversa da categoria junto ao governo do Estado, ficou grande a expectativa de uma solução do impasse que já demonstra sinais claros de eclodir em uma catástrofe sem medida.

Depois de horas, infelizmente não se chegou a nenhum avanço concreto, a pesar dos esforços de Dario César e do intendente geral e adjunto da IGESP, alem dos integrantes dos lideres dos servidores penitenciários.

Desta forma, saímos somente com a expectativa de que, Dario César como secretario de Defesa Social e conhecedor do sistema prisional, possa impulsionar mudanças importantes que há muito necessitamos ver naquele órgão.

Porém, em termos de avanços na pauta atual, que implica em reajuste salarial, somente podemos dizer que nada avançou e pelo fato claro de que este governo tem em seus projetos qualquer coisa, menos traçar e conceber uma política séria e positiva de pessoal.

Diante disto, somente nos resta dizer que, a partir de hoje, qualquer responsabilidade pelos rumos do sistema prisional é do excelentíssimo governador do estado, que se colocou ausente deste caso e faz de contas que este problema não existe e que não é com ele.

Há informes vindos da cadeia que dão conta de estratégias dos presos em retaliação ao movimento grevista e ao descaso do governo, onde visa à morte de alguns detentos.

Diante deste quadro, diante da inércia do estado, diante deste massacre salarial, não encontramos outro caminho se não, manter o movimento grevista e protestar ainda mais a falta de zelo com que o estado trata a questão prisional.

Esperamos ainda que o governo traga uma proposta plausível e concreta para a apreciação dos servidores penitenciários para que saiamos desta greve o mais rápido possível.

Enfim, como já esperado, o governo tucano, sustentando seu estilo de governar, escolhe arriscar vidas ao invés de negociar melhorias para o funcionalismo público. Prefere o enfrentamento a uma solução negociada, a exemplo do que aconteceu no estado de São Paulo, quando a policia civil em greve foi abordada pela militar e ouve um confronto grande pelo fato de estarem reivindicando reajuste de 5%.

Para piorar a história, os presos prometeram que, de quinta-feira não passa, e que já existe uma lista de presos para serem mortos, caso a greve não termine. Ou seja, ou quebra de um lado, ou lasca do outro, pórem, a partir de então, a certeza é que o sistema prisional alagoano nunca mais será o mesmo.