Ela esteve em Maceió em julho de 2008 em companhia da amiga Zélia Duncan.O show, intitulado Amigo É Casa, recebeu aplausos do público que lotou o Teatro Gustavo Leite. Agora Simone retorna à cidade, mas desta vez em apresentação solo. O nome do novo show é Em Boa Companhia, e nele a cantora interpreta vários sucessos de sua longa carreira e apresenta composições que estão no seu mais novo trabalho, o CD Simone Na Veia, lançado recentemente pela Biscoito Fino.
O show de Simone em Maceió terá apenas uma única apresentação, dia 11 de outubro, no
Teatro Gustavo Leite – Centro de Convenções. Os ingressos custam: Platéia – R$
100,00 (inteira) e R$ R$ 50,00 (meia-entrada) e Mezanino: R$ 80,00 (inteira) e R$ R$
40,00 (meia-entrada). Vendas no stand Sue Chamusca – Shopping Iguatemi – térreo.
Maiores informações: (82) 3235-5301 / 9925-7299 /
info@chamusca.com.br e WWW.chamusca.com.br
SIMONE na veia – O novo disco da cantora traz inéditas de Adriana Calcanhotto,
Erasmo Carlos, Martinho da Vila, Marina e uma composição da própria Simone em
parceria com Herminio Bello de Carvalho.
“Acalma a Bola, rola a bola, trata a bola, limpa a bola que é preciso faturar. É bom
jogar com muita calma, procurando pela brecha pra poder ganhar”. Os versos de
Gonzaguinha – compositor bissexto na trajetória de Simone – em Geraldinos e
Arquibaldos sintetizam um pouco a atual fase da cantora: no auge da maturidade
artística, lança um disco essencial, sereno e fiel às próprias convicções.
SIMONE na veia é, antes de mais nada, um disco de Simone. Não é qualquer cantor que
pode se orgulhar de ter uma assinatura tão marcante, independente do que ele cante.
Simone pode. E depois de quase quatro décadas de uma bem sucedida carreira, isso se
evidencia como nunca antes. O que torna possível, num disco como esse, que contempla
compositores de universos tão distintos, uma unidade da primeira à ultima faixas:
– Eu sempre falei e cantei o amor. Para este trabalho, liguei para todos os
compositores que me enviaram canções, ou até mesmo os encontrei, e disse: é um
trabalho feliz, para cima, que fala do amor em todas as suas formas, jeitos e
maneiras – Simone dá a pista.
SIMONE na veia é o primeiro disco de canções inéditas da intérprete em cinco anos –
o último foi Baiana da Gema, de 2004, no qual homenageou Ivan Lins. Pela primeira
vez trabalha com Rodolfo Stroeter, que divide com Simone a produção e a direção
musical do CD: ” Eu sempre estou ligada em tudo o que acontece na feitura do disco,
mesmo quando eu não assino, estou produzindo junto”, relata a cantora.
O resultado é completamente distinto de seus trabalhos anteriores, mas com cara de
Simone. O amor, um dos assuntos mais constantes na discografia da intérprete, também
predomina em SIMONE na veia, mas sob um enfoque mais amplo: não coincidentemente, a
mulher, o sujeito principal das canções aqui, expõe livremente seus desejos, seduz,
põe fim à relação e também anseia por liberdade. Tanto as composições quanto a
interpretação precisa e sutil conferem uma abordagem contemporânea e atual ao tema
mais recorrente no cancioneiro do Brasil.
E o amor vem pelas mãos de compositores em sua maioria já gravados pela intérprete.
Em contraponto, o disco abre com Love, de Paulo Padilha, compositor pouco conhecido
e estreante na voz de Simone. Adriana Calcanhotto comparece com duas: Definição da
Moça (sobre um texto de Ferreira Gullar) e Certas Noites (com Dé Palmeira). Na
última, versos como “Certas noites eu sou só do samba, eu sou da orgia/ Nessas
noites você não me encontra, meu bem/ Nem dentro da lei/ Às vezes eu vou deixar a
razão pela folia” radiografam a mulher de hoje, independente e decidida nas
relações. Em díptico também aparece Erasmo Carlos, seja na inconformada Migalhas, ou
na ternura de Hóstia, esta em parceria com Marcos Valle – ” Apesar de já ter gravado
o Erasmo meninão, fiquei muito feliz quando recebi esses presentes maravilhosos. Ele
mandou duas e eu gravei as duas”.
Autor de clássicos na voz de Simone, como Jura Secreta e Alma, Abel Silva também
contribui com uma inédita, Pagando Pra Ver, um „blues feliz? segundo ele próprio, em
parceria com Nonato Luis. Martinho da Vila, a quem a „cigarra? já dedicou um disco
inteiro na década de 90, também traz a novíssima Na Minha Veia (com Zé Catimba),
faixa de onde foi extraído o título do disco.
E Na Veia segue na cadência do samba com Paulinho da Viola, que marca presença com
Ame (“esta canção é tudo que eu acho e acredito do amor”, contextualiza a cantora).
Além de Ame, apenas Geraldinos e Arquibaldos e Deixa eu Te Amar (Agepê/Ismael
Camillo/ Mauro Silva) haviam sido gravadas anteriormente – mas continuavam inéditas
na voz da cantora – no caso da última, um sucesso de Agepê, que aqui aparece
completamente despida e renovada, e chega até a parecer um clássico de… Simone.
Completam o repertório uma inédita de Marina, Bem Pra Você (também com Dé Palmeira),
e uma composição da própria Simone, em parceria com Hermínio Bello de Carvalho, de
73, que permaneceu inédita até agora: “Vale a Pena Tentar eu fiz há muito tempo,
tanto a melodia quanto a letra, e pedi para o Herminio terminar o texto. Mas prefiro
cantar”.
SIMONE na veia atesta, após 36 anos de carreira, o gosto que a “Cigarra” tem em
cantar, e o quanto este prazer permeia cada poro deste disco, tornando-o, acima de
tudo, um disco de Simone.