Dezenas de trabalhadores rurais e sindicalista compareceram na ALE
A Assembleia Legislativa de Alagoas realizou, nesta terça-feira, 20, uma sessão pública para discutir o Grito da Terra Brasil, evento que acontece de forma simultânea em todas as capitais brasileiras. A sessão foi requerida pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT) atendendo uma solicitação da categoria e aconteceu depois de uma caminhada dos trabalhadores pelas ruas do centro de Maceió.
Dezenas de trabalhadores rurais, sindicalistas, entre outras entidades, bem como órgãos públicos representativos do setor estiveram presentes na Assembleia. “A pauta da sessão foi a discussão das reivindicações dos trabalhadores do movimento sindical rural, que foram entregues no início do mês de abril à presidente Dilma Rousseff pela Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag-AL)”, explicou Medeiros.
O presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag-AL), Genivaldo Oliveira, agradeceu ao Parlamento alagoano por apoiar o movimento, que de acordo com ele é pacífico, ordeiro e tem como objetivo reivindicar melhores condições de trabalho, assistência técnica, saúde, segurança e habitação no campo. Oliveira contou que, atualmente, o campo conta com mais de quatro milhões de trabalhadores assalariados.
Além de entregar uma pauta de reivindicações à presidente Dilma Rousseff, o movimento também entregou uma outra ao governador Teotonio Vilela Filho. “Em nível federal estamos pedindo mais recursos para habitação rural, R$ 52 bilhões para custeio e investimento para a agricultura familiar e solicitando a implementação de um terceiro plano nacional de reforma agrária”, informou Genivaldo Oliveira, acrescentando que ao longo dos 20 anos do movimento Grito da Terra os trabalhadores rurais tiveram várias conquistas.
Ainda segundo Oliveira, dentre as reivindicações está sendo cobrado um programa que atenda os trabalhadores assalariados no período da entressafra. Ele observa que, a exemplo de Alagoas, muitos trabalhadores safristas que trabalham no corte da cana ficam desempregados após o período de moagem. “Queremos que eles tenham direito a salário desemprego também. Temos cobrado também que o governo do Estado amplie para, pelo menos, meio salário mínimo, o valor pago a esses trabalhadores, através do Programa Amigo Trabalhador, que dá uma bolsa de R$ 130 durante quatro meses”, contou o presidente da Fetag/AL.
Presidida pelo deputado Ronaldo Medeiros, a sessão especial contou com a participação dos deputados estaduais Inácio Loiola (PSB) e Judson Cabral (PT), do deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), da superintendente do Incra/AL, Lenilda Lima, do representante da Caixa Econômica Federal em Alagoas, Kléber Jurema, e do Banco do Nordeste do Brasil em Alagoas, Marcia Teixeira, além da presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/AL), Amélia Fernandes.
