Como estratégia para redução de sífilis congênita no Estado de Alagoas, a Supervisão de Cuidados da Mulher, Criança e Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta para o uso de penicilina benzatina na Atenção Básica. A informação está descrita em nota técnica, que tem por intuito disseminar esse entendimento junto aos profissionais da Atenção Básica.
O documento considera a alta incidência de sífilis congênita. Segundo a coordenadora estadual da Rede Cegonha, Syrlene Medeiros, o número se deve provavelmente ao fato de o tratamento inadequado da sífilis materna, que é gerado pelo receio de ocorrência de reações anafiláticas com o uso da penicilina.
De acordo com o documento da Sesau, a penicilina G, administrada via parenteral, é a única terapia com eficácia documentada no tratamento de gestantes com sífilis e na prevenção da sífilis congênita. A penicilina deve ser aplicada na unidade de saúde e o tratamento deve ser registrado no prontuário e na caderneta da gestante.
Syrlene Medeiros esclareceu também que a administração da penicilina deve ser realizada pela equipe de enfermagem (auxiliar, técnico ou enfermeiro), médico ou farmacêutico. Já no caso de reações anafiláticas, deve-se proceder de acordo com os protocolos que abordam a atenção às urgências no âmbito da Atenção Básica à Saúde.