A oficina é voltada para diretores, técnicos, assistentes sociais e enfermeiros das unidades que compõem a rede em Alagoas
Com o objetivo de capacitar os profissionais da Rede Cegonha no acolhimento a gestantes e classificação de risco, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), realizou, nesta quinta-feira (25), uma oficina voltada para diretores, técnicos, assistentes sociais e enfermeiros das unidades que compõem a rede em Alagoas.
De acordo com a coordenadora estadual da Rede Cegonha, Syrlene Patriota, a oficina busca evitar que as gestantes peregrinem por maternidades buscando atendimento e criem um excesso de demanda em grandes centros de referência, a exemplo do Hospital Universitário (HU). A coordenadora explicou que a gestante recebe a orientação durante o atendimento pré-natal que vincula o parto a determinada unidade, visando organizar o atendimento de acordo com as vagas e o caso de cada paciente.
No entanto, caso a unidade não possa receber a paciente, o funcionário responsável pela regulação deve entrar em contato com a Central de Regulação de Leitos (Cora), visando encaminhar a gestante para outra maternidade que tenha vaga. “A visão de gestantes batendo de porta em porta em busca de atendimento não pode mais ser tolerada em Alagoas. A gestão da Rede Cegonha trabalha para garantir que as mães alagoanas tenham uma assistência digna, pautada por princípios éticos, humanistas e técnicos”, destacou a coordenadora.
Já a representante da Coordenação Nacional da Saúde das Mulheres, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, Vera Figueiredo, ressaltou que a estruturação da Rede Cegonha no Estado já produziu resultados positivos. Entre estes resultados está a diminuição dos índices de mortalidade infantil e da demanda de pacientes que se deslocavam do interior para grandes centros em Maceió e Arapiraca.
“O desafio enfrentado pela gestão pública é grande e tem sido encarado graças à parceria firmada entre as esferas federal, estadual e municipal, tendo sempre em mente o bem estar do usuário do Sistema Único de Saúde”, ressaltou Vera Figueiredo. A oficina reuniu cerca de 100 profissionais, representando todas as 17 unidades de saúde que compõem a Rede Cegonha em Alagoas.
Especialização e parto normal – E como parte da estruturação da Rede Cegonha no Estado, será realizada nesta sexta-feira (26), a aula inaugural do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica. A aula será realizada na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), às 9 horas.
Também nesta sexta-feira (26), será realizada, na sede da Procuradoria do Município de Maceió, situada no Centro, uma apresentação sobre Centro de Partos Normais. A apresentação contará com a presença de representantes do Ministério da saúde e da coordenadora estadual da Rede Cegonha, Syrlene Patriota.
Rede Cegonha – A Rede Cegonha é um programa do governo federal que propõe a melhoria do atendimento às mulheres durante a gravidez, o parto e o pós-parto e também ao recém- nascido e às crianças até dois anos de idade.
A Rede Cegonha propõe a realização de exames de pré-natal com acesso aos resultados em tempo oportuno, prevenção e tratamento de doenças infecciosas como Doenças Sexualmente Transmissíveis a exemplo de AIDS e hepatites, garantia de leitos suficientes, acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica além de orientação a planejamento familiar e oferta de métodos contraceptivos.
“Com a estruturação da Rede Cegonha à população, tem a segurança de um atendimento humanizado, sendo acompanhada em toda a gestação e pós-parto, feita por profissionais preparados para realizar a assistência especifica que o momento exige”, destacou Syrlene Patriota.
