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Alagoas

Sesau investiga caso suspeito de cólera em Alagoas

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), informou que foi notificado na segunda-feira (14) um caso suspeito de cólera. O paciente U.R.R.M, de 22 anos, foi atendido inicialmente no Hospital Escola Hélvio Auto e transferido no mesmo dia para a Santa Casa de Misericórdia, onde se encontra internado com quadro clínico estável.

O paciente é estudante, reside em Maceió e, no último domingo (13), apresentou sintomas como febre, diarreia aquosa e desidratação leve. Ele informou que no final de semana esteve no Sítio Lagoa Doce, no município de Marechal Deodoro, e que tinha se alimentado de salsicha e outros alimentos.

Técnicos estaduais e municipais de Vigilância Ambiental já visitaram o local e coletaram água para investigação laboratorial. O resultado está previsto para ser entregue em uma semana, a contar desta terça-feira (15). Ainda no Hospital Hélvio Auto foi colhido material biológico para pesquisa do vibrião colérico, agente causador da doença, e encaminhado para análise no Laboratório Central de Alagoas (Lacen).

De acordo com o Cievs, o paciente não apresenta histórico de contato com caso suspeito ou confirmado de cólera nos últimos dez dias antes do início dos sintomas. Ele também não tem antecedente de procedência de área de circulação do vibrião colérico. O último caso confirmado de cólera em Alagoas foi em 2001.

Sintomas – A Cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda causada pela Enterotoxina Víbrio Coholerae. Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômito, dor abdominal e câimbra, podendo evoluir — se não tartado imediatamente – para desidratação e colapso circulatório com choque hipovolêmico e insuficiência renal.

A transmissão ocorre, principalmente, pela ingestão de água contaminada por fezes ou vômitos de doente ou portador. Ocorre ainda pela ingestão de alimentos contaminados por mãos de manipuladores dos produtos, bem como pelas moscas, além do consumo de gelo fabricado com água contaminada. A propagação de pessoa a pessoa, por contato direto, também pode ocorrer.

Para prevenir a doença, é necessário seguir algumas recomendações, que devem ser aplicadas tanto para a água e alimentos comprados de vendedores de rua, em postos fixos ou ambulantes, como para os hotéis ou restaurantes.

É recomendável beber somente água fervida ou tratada com hipoclorito de sódio; comer alimentos cozidos e ainda quentes; consumir alimentos e bebidas em locais que sigam as normas de higiene e não consumir saladas e verduras cruas sem conhecer a procedência do manuseio.