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Alagoas

Sesau e MP firmam parceria para desafogar o HGE

No encontro ficou decidido que os gestores da saúde vão definir parâmetros para só encaminhar ao HGE pacientes em situação de emergência

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) firmou parceria com o Ministério Público Estadual (MP), nesta terça-feira (15), visando definir o perfil de pacientes que devem ser atendidos no Hospital Geral do Estado (HGE). Dados do Setor de Informação do HGE mostram que, de janeiro até a primeira semana de novembro, foram atendidos 117 mil pacientes, comprovando que não há uma definição na grade de urgência e emergência do Estado.

A parceria tem como objetivo criar uma rede de referência e contrarreferência para destinar pacientes com doenças crônicas ou em situação de emergência para os hospitais contratualizados, diminuindo a demanda no HGE.

No encontro entre o secretário da Saúde, Herbert Motta, e as promotoras de justiça Micheline Tenório e Fernanda Moreira, ficou definido que os gestores estaduais e municipais de saúde deverão se reunir para criar os parâmetros da rede, qualificando o trabalho e agilizando a assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A rede deverá ser organizada de modo que os médicos responsáveis pela triagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os reguladores dos municípios já saibam para quais unidades de saúde irão encaminhar os pacientes, evitando a superlotação no HGE. “Não basta apenas prestarmos atendimento à população, mas disponibilizarmos serviços humanizados, em que os pacientes possam se recuperar com conforto. O atendimento deve seguir os princípios do SUS, que preconizam o acesso universal e igualitário. Nos momentos de superlotação do HGE, devido à demanda de pacientes que deveriam estar na atenção básica, o tratamento integral pode ser comprometido”, afirmou.

Para a promotora especializada na Defesa dos Direitos da Saúde, Idoso e do Deficiente, Micheline Tenório, a ação irá possibilitar que cada ente (Estado e município de Maceió) cumpra suas atribuições quanto à prestação de um serviço de saúde eficiente.

“Em diversas situações, os usuários do SUS passam por situações excludentes, mas em função da sensibilidade dos gestores, formalizaremos esta rede, onde cada parte terá especificado que prerrogativas devem cumprir, sem prejuízos à população”, afirmou.

Com a organização dos serviços, haverá melhoria do atendimento prestado aos alagoanos que necessitam de assistência emergencial no maior hospital público do Estado, que, segundo as estatísticas, deverá ter um aumento de 6% no percentual de atendimentos realizados em 2009, se comparado com o mesmo período de 2008.