Sistema pretende descentralizar o atendimento
Para prevenir e tratar acidentes de trabalho com material biológico, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), elaborou um novo Protocolo para Tratamento de Vítimas de Acidentes de Trabalho com Material Biológico.
O protocolo foi idealizado de forma participativa, por técnicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maceió e Arapiraca, além de representantes das unidades de saúde da Sesau. Gardênia Santana, supervisora de saúde do trabalhador da Sesau, declarou que o protocolo será apresentado em reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR), onde serão definidas sua aplicação nas unidades.
“Com a criação e implantação desse novo protocolo, avançamos na prevenção e tratamento dos acidentes de trabalho com materiais biológicos, prezando pela saúde e bem-estar dos profissionais de saúde e evitando o aumento do número de pessoas infectadas com agentes perigosos como o HIV”, reforçou Gardênia Santana
Ainda de acordo com a supervisora de saúde do trabalhador da Sesau, o protocolo foi elaborado para sistematizar a assistência a esses casos. “A exposição materiais biológicos representa 53% dos casos de acidentes de trabalho registrados em Alagoas em 2016”, destacou.
A supervisora de Saúde do Trabalhador explicou que esse tipo de acidente é particularmente perigoso e pode expor o profissional a mais de vinte agentes patogênicos e causar a contaminação por HIV além de Hepatite B e C. “Com o novo protocolo, que encontra-se em fase de implantação, ampliamos os Centros de Referências no Estado e propiciamos novas portas de entrada para o primeiro atendimento”, ressaltou.
Pelas novas normas, os Centros de Referência serão ampliados para além do Hospital Hélvio Auto, incluindo a Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca; Hospital Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema e o Hospital Geral do Estado, que ficará responsável pelo tratamento dos seus funcionários. “Como locais de primeiro atendimento teremos as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Alagoas, que serão preparadas para realizar o recebimento dos pacientes e encaminhá-los para as unidades de referência, caso haja necessidade de tratamento”, explicou.
