Os servidores do Judiciário Federal de Alagoas realizaram, na manhã de hoje, um apitaço em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça Deodoro, no Centro da Maceió. Eles aproveitaram a visita do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes para realizarem o protesto.
Além dos cartazes, os manifestantes gritaram palavras de ordem e chama o presidente do STF de “inimigo do Brasil”. A pressão dos servidores com a greve já fez com que Conselho Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal voltassem a negociar, embora que a proposta formulada pelos órgãos em conjunto com as associações da magistratura foi repudiada pela categoria por rebaixar a proposta aprovada pelos presidentes dos tribunais superiores e por representar perdas de conquistas.
Entre os pontos de reivindicações, os servidores também cobram o envio do anteprojeto de lei de revisão salarial, a jornada de trabalho de 6 horas diárias sem redução de direitos em contraposição à Resolução nº 88 do Conselho Nacional de Justiça – CNJ; pela manutenção da atual estrutura administrativa e organizacional da Justiça do Trabalho, no que for mais benéfica, em contraposição à Resolução nº 53 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT, que extingue varas trabalhistas; pelo combate ao PLP 01/2007 (Câmara dos Deputados) e ao PLS 611/2007 (Senado Federal), que possibilitam o congelamento de salários dos Servidores Públicos Federais.
O ministro Gilmar Mendes, vem a Alagoas para encerrar oficialmente as atividades do Programa Integrar que foi instituído com a finalidade de auxiliar os Tribunais de Justiça na implantação de um modelo de gestão moderno, pautado nos princípios da administração pública gerencial, de modo a adequar à realidade local as metas do Planejamento Estratégico do Judiciário Nacional, evitando situações conflitantes e contribuindo para uniformização da prestação da Justiça em todo território brasileiro.
Sobre o reajuste, pedido pelos servidores, Gilmar Mendes disse, que vai representar uma acréscimo nos gastos e que para isso, seria preciso estudar cortes dentro do Judiciário para que os gastos sejam diminuídos, para só assim, estudar melhor estes números. “Essa greve só prejudica a população pobre”, afirmou.
