Paralisação encabeçada pelo sindicado dos servidores completa 50 dias
Completando 50 dias de greve, servidores da Prefeitura de Penedo realizaram um piquete na frente da Secretaria de Saúde, nesta terça-feira (20). O movimento grevista encabeçado pela presidenta do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem), busca um diálogo com o prefeito Marcius Beltrão (PDT), sobre os pleitos do funcionalismo e também, tentar se comunicar com a secretária Vera Costa.
Segundo a presidenta do Sindspem, Sandra Alves, o movimento completa 50 dias sem que à administração busque o diálogo. Em rápida entrevista ao radialista Luiz Carlos, durante o Programa Lance Livre da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br), a dirigente pontuou o norte da paralização.
“Estamos de luto. Completamos 50 dias sem que à administração se comunique conosco. Principalmente por parte da Saúde. Estamos em uma situação precaríssima dos trabalhadores da pasta. Esse é um dos pilares da greve. Outro ponto do movimento é o salário atrasado de 2012. Mas, o prefeito sinalizou que pode revolver esse pleito, estamos esperançosos. Com a demissão de comissionados e contratados, pode assim cumprir outras obrigações, como os atrasados de 2012”, expôs.
50 dias de paralização
De acordo com Alves, o sindicato cumpri com suas obrigações em atender o que determina a Lei. “Nestes dias estamos fazendo visitas aos postos de saúde, aos servidores. O departamento jurídico tem acompanhando todos os trabalhadores. Porém, apesar da paralização, estamos atendendo o que determina a Lei, cumprindo os 30% do funcionalismo trabalhando. Já com relação ao ponto, a assinatura está sendo controlado pelo Sindspem, para que o servidor não fique solto durante os dias que não está trabalhando. Ao final da greve, seja por acordo, ou por determinação judicial, tudo será repassado a Procuradoria Geral do Município”, disse.
Falta de diálogo
“Queremos diálogo com a Secretaria de Saúde. Estamos sem posição sobre o pagamento do atrasado de 2012 da pasta. Queremos conversar, mas ninguém busca nos respeitar, conversar para que tudo possa ser revolvido. Então, só estamos pedindo que revolva esses problemas. Um direito nosso”, concluiu a presidenta do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem), Sandra Alves.
A greve agora busca também uma posição sobre o corte das gratificações dos profissionais de nível superior do Programa Saúde da Família (PSF), do mês de dezembro, pago em janeiro.
Secretária diz que sempre esteve aberta ao debate
Em contato com a secretária de Saúde, Vera Costa, a gestora garantiu que sempre esteve aberta para o diálogo, inclusive, garantiu que fez uma proposta para quitar o mês de dezembro de 2012 dos servidores de nível superior da Saúde, o que foi recusado.
“Sempre estive aberta ao diálogo. Isso em falar que não procuro conversar com a categoria é inverídico. Desde o ano passado que procuramos dirimir este impasse. Várias reuniões aconteceram entre as partes. Inclusive, participamos de um encontro na Secretaria de Gestão e Finanças (SEGFIN), com o secretário da pasta, de Educação e representantes do sindicato, onde fizemos uma proposta para quitar o mês de dezembro de 2012 dos profissionais de nível superior. Sabemos das dificuldades, dos cortes de despesas, da redução significativa do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Apesar de tudo, propomos iniciar o pagamento a partir de março de 2015, o que foi recusado durante o encontro”, pontuou Vera Costa.
Produtividade é igual a trabalho
O ponto mais recente cobrado por parte dos servidores da Saúde é com relação ao corte das gratificações dos profissionais de nível superior do Programa Saúde da Família (PSF), e a secretária colocou que a suspensão tem justificativa.
“O decreto publicado em 2014, onde buscava o ajuste da máquina pública determinava o enquadramento de todas as secretarias. A pasta da Saúde já tinha feito reduções de pessoal. Então, buscando atender a medida, cortar custos, reduzimos a gratificação, a produtividade em 50%. Deixando a metade para os servidores de nível superior. Porém, com o movimento grevista, terminamos por suspender em 100%. Se eles não estão trabalhando, como querem receber gratificação. Esse valor busca o atendimento aos munícipes, a qualidade na prestação de serviços. Gratificação é sinônimo de produtividade. Os servidores estão greve, sem produzir, sem atender os pacientes, nada mais juto que suspender a gratificação integralmente. Quando essa situação for resolvida entre todos os envolvidos e, os servidores retornarem ao trabalho, o incentivo deverá ser pago em 50%, conforme tinha sido acordado anteriormente entre as partes”, concluiu a secretária de Saúde de Penedo, Vera Costa.
