As atividades nos fóruns, juizados especiais e demais locais de trabalho da Justiça serão suspensas na próxima terça-feira, 13. A paralisação foi decidida em assembléia geral da categoria, realizada no dia 27 de março último. Os servidores do Poder Judiciário de Alagoas cruzam os braços por 24h, reivindicando auxílio alimentação e regulamentação do intervalo de jornada. A categoria cobra ainda a implantação de 11,98% de recomposição salarial referentes à URV, direito que conquistaram judicialmente.
Ontem, dirigentes do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Alagoas (SERJAL) percorreram todas as unidades da Capital e do interior para avaliar a participação da categoria na greve. “O clima é de insatisfação. Avaliamos que a adesão será de 100%” – disse o diretor administrativo da entidade, Elio Gonçalves Melo. A comissão de mobilização, formada ainda pelas diretoras Ana Paula Araújo (Financeiro), e Sandra Mara Oliveira (Política Sindical), distribuiu panfleto mostrando a importância do movimento. Eles orientam os servidores a usar vermelho no dia da paralisação.
Os servidores consideram positiva a ampliação do expediente nos fóruns e comarcas, pois isso favorece a população no tocante à disponibilidade da prestação jurisdicional, mas reclamam que o TJ não lhe deu condições de prestar esse serviço de modo eficiente. O presidente do Sindicato, Ednor Gonzaga Júnior, revela que ao aumentar a jornada para 7h diárias, o Tribunal de Justiça (TJ/AL) não assegurou a seus funcionários os direitos trabalhistas equivalentes. São direitos o auxílio alimentação e o intervalo regulamentado.
Além do auxílio alimentação, os servidores cobram a implantação da data-base de 2009 e o reajuste salarial de 11,98% referentes à URV. Esse percentual é resultado de sentença transitada em julgado, pela qual a categoria espera há mais de uma década. O presidente do SERJAL ressalta ainda que o aumento da indenização de transportes dos Oficiais de Justiça é um importante item da pauta de reivindicações.
Na mesma assembléia, a categoria aprovou um indicativo de greve geral, por tempo indeterminado. Essa decisão será tomada em nova assembléia, já marcada para o dia 24 de abril. Segundo Ednor Júnior, a direção do TJ não atendeu às várias solicitações de audiência de negociação, o que intensificou o clima de insatisfação entre os servidores.
“Temos insistido no entendimento, numa negociação pacífica, mas infelizmente não tivemos êxito. Mesmo com a paralisação decidida pela assembléia voltamos a solicitar, por ofício, uma audiência com a presidente do Tribunal para negociarmos nossos direitos” – disse ele. Segundo o presidente, a decisão de parar no próximo dia 13 só pode ser modificada pela própria assembléia geral, que só será convocada antes dessa data se o SERJAL receber resposta satisfatória para suas reivindicações.