Categoria busca nova proposta de reajuste; Executivo garante que não pode propor mais que 5%
O impasse segue, mas a presidenta interina do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem), Ana Flávia Teixeira, espera que até a próxima sexta-feira (24), tudo possa ser resolvido em acordo entre o Executivo municipal e os servidores da Educação.
Durante toda essa manhã de quarta-feira (22), professores, serviçais, vigilantes, merendeiras, secretários escolares e agentes administrativos realizaram um ato de protesto na Praça Barão de Penedo, como forma de chamar a atenção do Governo.
“A administração disse que vai tentar na Justiça decretar a ilegalidade da greve. Entendo que o movimento é legitimo. O caso está nas mãos do procurador Francisco Guerra. Bem, se ele analisar e entender que tem direito, que o faça na Justiça. Enquanto isso não ocorre, vamos continuar lutando, protestando. O reajuste que eles (administração) propuseram foi apenas para os professores. Não é justo apenas 5% para os professores e nenhum ganho para as demais categorias da Educação”, observou Teixeira.
Professores
De acordo com a presidente interina, a valor ideal que a categoria de professores poderia aceitar em assembleia, seria o reajuste de 10%, mais alguns benefícios para outros profissionais.
“Hoje, acho que se a Prefeitura propusesse o reajuste de 10%, os professores aceitavam. Isso mais a gratificação de produtividade para os que estão em sala de aula, a regência para quem realmente pega no giz. Com essa proposta acho que eles votariam pelo fim da greve”, avalizou a presidente interina.
Merendeiras e serviçais
Já para merendeiras e serviçais, Flávia Teixeira explicou que pleiteia a implantação de Plano de Cargos e Carreiras (PCC). “Se o PCC for implantado para essa categoria, o ganho real seria maior que o reajuste salarial. Se caso a administração optasse pela sua implantação, não seria necessário o reajuste salarial, isso poderia confortar essas duas categorias”.
Vigilantes
Para a categoria, a presidenta esclareceu que deseja a implantação de 30% do adicional de periculosidade, pleito já deferido pela Procuradoria do Município, segundo suas palavras.
“Para os nossos vigilantes queremos que seja incorporado o adicional de 30%. Esse ganho é para profissionais que trabalham com perigo, risco constante. Nosso departamento jurídico já fez esse requerimento na Procuradoria do Município e o órgão deferiu, nos concedeu parecer favorável. O movimento também busca uma posição definitiva sobre a implantação da periculosidade”, acrescentou.
Com relação as duas categorias, agente administrativo e secretário escolar, a sindicalista contou que aguarda uma posição do Executivo. “Expomos todos os pontos que o movimento pleiteia. Para essas duas últimas, queremos uma proposta da Prefeitura. Sinceramente, espero que tudo se revolva até a próxima sexta (24)”, confessou a presidenta interina do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem), Ana Flávia Teixeira.
Gestor da Educação
Em contado com o secretário de Educação, Luciano Lucena, ele reafirmou o que disse em entrevista a nossa redação na manhã de terça (21).
“Não podemos e não existe condições financeiras para fazer outra proposta para os servidores da pasta. Todos os balancetes financeiros entregamos ao sindicato. Então, ele tente nos mostrar uma solução, nos ajude com as nossas finanças. Onde vamos tirar dinheiro para pagar o que eles estão pleiteando. Não vou fazer o que não posso. Se eu der o reajuste, vamos atrasar os salários, deixar de cumprir várias obrigações da pasta. Jamais faria algo impensado como este. Como não existe uma possibilidade de acordo, estamos levando o caso para Justiça, vamos mostrar a ilegalidade da greve e que não podemos propor mais que 5% de reajuste”, concluiu o secretário.
