Serviço Florestal Brasileiro promove dos dias 2 a 6 de abril um curso sobre gestão de empreendimentos comunitários que tem como objetivo reduzir um dos principais entraves relacionados ao manejo comunitário: a falta de conhecimento das comunidades sobre a gestão do negócio.
A capacitação será, nesse primeiro momento, oferecida a técnicos do Serviço Florestal que atuam nos estados do Norte e do Nordeste por meio das unidades regionais situadas em Porto Velho (RO), Santarém (PA) e Natal (RN). Ainda este ano, esses funcionários realizarão cursos diretamente para as comunidades.
Serão abordados, entre outros conteúdos, associativismo e cooperativismo como forma de viabilizar a realização do manejo, conceitos de administração de negócios comunitários, contabilidade e finanças.
“A principal vantagem do associativismo é a comunidade poder planejar e participar da produção e comercialização. Com boas práticas de gestão, transparência, e com pessoas capacitadas, a iniciativa tem mais chances de dar certo”, afirma o técnico da Gerência de Florestas Comunitárias do Serviço Florestal Daniel Pinto, um dos instrutores do curso.
As florestas comunitárias federais, ou seja, aquelas que são habitadas ou utilizadas por povos e comunidades tradicionais ou grupos familiares, contam 128 milhões de hectares e, em parte delas, só é possível manejar a floresta para a produção de madeira ou de não madeireiros (óleos, cascas, sementes, resinas) de forma comunitária.
A ideia, com as capacitações, é dar condições para que surjam mais iniciativas bem sucedidas de manejo florestal comunitário estruturado em torno de uma organização, como a Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona), do Pará, a Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta) e a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), ambas do Acre.
Os cursos sobre gestão de empreendimentos comunitários previstos para este ano fazem parte do Plano Anual de Manejo Comunitário e Familiar 2011, desenvolvido pelos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário com a finalidade de fortalecer o uso sustentável da floresta pelas comunidades com a geração de renda.