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Alagoas

Serviço de Regulação de Leitos do HGE atua diariamente para evitar superlotação

Gestores de vagas de leitos no HGE têm sido fundamentais

A superlotação no Hospital Geral do Estado (HGE) é combatida durante todo o dia. Em um mês como julho, quando 16.467 pacientes foram atendidos pela equipe médica – que foi o recorde deste ano -, a situação poderia ser problemática se não existissem os gestores de vagas, profissionais que atuam no Núcleo Interno de Regulação de Leitos de Retaguarda, dedicados a encontrar leitos adequados ao tratamento de cada doente, que são transferidos para os hospitais conveniados.

Para se ter uma ideia, o segundo mês com mais pacientes atendidos no HGE foi abril, quando 14.719 pessoas foram assistidas. O setor que teve maior tempo de permanência de pacientes foi o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), chegando à média de 19,33 dias no mês de julho.

“São números que comprovam a grandiosidade do HGE, que é uma unidade com alto poder de resolutividade. Todos os alagoanos sabem que, ao chegar ao Hospital Geral, irão encontrar atendimento, mesmo que as suas doenças não sejam tratadas no ambiente de urgência e emergência”, enfatizou a secretária de Estado da Saúde, médica Rozangela Wyszomirska.

A gerente-geral do HGE, Verônica Omena, acredita que a crescente procura pelo atendimento no maior hospital público de Alagoas é o reflexo das dificuldades enfrentadas nos atendimentos em postos de saúde, gerenciados pelos municípios.
“Todos sabem que serão atendidos no HGE e a saúde tem mais chance de ser restabelecida. As pessoas têm comprovado que estamos cuidando dos pacientes de forma ágil e eficiente. Por isso trazem logo para cá, porque somos um hospital porta aberta”, ressaltou.

O problema desse reconhecimento, somado às dificuldades econômicas enfrentadas pelos brasileiros, está no risco de sobrecarregar os profissionais, muito envolvidos no combate às enfermidades.

“É nessa hora que entramos em ação. A Gestão de Vagas é um setor ligado ao Núcleo Interno de Regulação [NIR], que tem a função de realizar transferências internas e externas. Internas quando, por exemplo, conseguimos um leito na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] para um paciente que está no hospital e necessita do cuidado mais intensivo; e externa quando transferimos pacientes com segurança a hospitais retaguardas”, explicou a coordenadora do NIR, Virgínia Sarmento.

Mais de 40 transferências

Em um único dia, os gestores de vagas chegaram a realizar mais de 40 transferências para hospitais conveniados ao HGE. A equipe é composta por sete médicos, sendo um coordenador administrativo e 12 atendentes. Essas relocações permitem a disponibilização de mais vagas e o equilíbrio no número de pacientes por setor dentro do hospital.

Os hospitais retaguardas do HGE são o Hospital Sanatório, Hospital Vida, Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Hospital Santa Rosa, Hospital e Maternidade Santa Rita de Cássia, Hospital Médico Cirúrgico de Alagoas (antigo Paulo Neto) e o Hospital do Açúcar. “Eles lançam a vaga com o perfil de paciente e a gente informa o nosso interesse pela transferência. Após a autorização, nós solicitamos a ambulância própria do HGE e informamos a família e paciente sobre a transferência. Em caso de risco de lotação, solicitamos mais vagas, mas depende das condições do hospital que irá receber, para que a transferência seja efetuada”, ressaltou Virgínia Sarmento.

Um dos pacientes que estava nessa última quinta-feira (17) aguardando ser transferido foi Antônio Sebastião da Silva, de 91 anos, morador da cidade de Murici. Com uma Hemorragia Digestiva Alta (HDA), ele foi transferido para o Hospital do Açúcar, após ter sido submetido a uma endoscopia. “Eu caí e quebrei o fêmur. Quando cheguei, descobriram essa hemorragia. No Açúcar eu irei continuar meu tratamento, onde irão fazer uma cirurgia para reparar meu fêmur”, informou.