Especializado em investigações que desarticulam grupos criminosos voltados à prática do crime organizado, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) encerra mais um ano sem crimes contra instituições bancárias e roubos de carga em Sergipe. Durante o ano de 2023, investigados de alta periculosidade foram identificados e várias armas de fogo foram apreendidas em operações guiadas pelas informações apuradas pela Divisão de Inteligência (Dipol), que integra o Cope.
É o Cope a unidade especializada que atua nas investigações de combate ao crime organizado, conforme explicou o delegado Hilton Duarte. “O Cope atua em ocorrências a exemplo de roubo a banco, roubo de carga e crimes de sequestro com reféns. Ao longo do ano, diversas operações foram desencadeadas tendo à frente o diretor da unidade, delegado Dernival Eloi”, ressaltou.
Essas operações também são a demonstração prática do trabalho de investigação que vem sendo desenvolvido pelo Cope, assim como destacou o diretor da unidade, delegado Dernival Eloi. “A cultura anterior era de que se esperava o crime acontecer para desencadear o trabalho investigativo. Mas vimos que essa forma de trabalhar demorava na elucidação de fatos, o que foi alterado e agora temos esses resultados”, reiterou.
Especializada no combate ao crime organizado, o Cope foi responsável por algumas das principais operações da Polícia Civil deflagradas em 2023. “A exemplo da operação realizada em janeiro, chamada ‘Rebelde sem Causa’, em que um grupo de sete jovens conseguiam atrair vendedores de Iphone e, depois, cometiam os roubos [dos aparelhos]”, rememorou o delegado.
Outra operação de impacto deflagrada pelo Cope durante em 2023 aconteceu no mês de março, assim como explicou o delegado Hilton Duarte. “A gente pode destacar também a operação que resultou na prisão de cinco envolvidos em um roubo que houve na agência do Banese em Lagarto. O roubo teve como vítimas pessoas que faziam depósitos nos caixas eletrônicos”, detalhou.
Em abril, mais uma das principais operações deflagradas pelo Cope foi responsável pela identificação de um investigado de alta periculosidade responsável pelo estupro de uma adolescente no Reveillon na Praia de Atalaia. “A operação ocorreu em apoio ao DAGV, com o auxílio da Divisão de Inteligência. Ele foi localizado, reagiu à abordagem, entrou em confronto, foi atingido, socorrido e não resistiu”, relatou Hilton Duarte.
Ainda no quarto mês do ano, o delegado evidenciou a ‘Operação Underground’ que, conforme o delegado, tinha como objetivo combater o tráfico de armas. “Essa operação resultou na apreensão de 14 armas de fogo e na prisão de quatro investigados. Também nessa operação, dois outros investigados entraram em confronto com as equipes policiais, vindo a óbito”, especificou.
Já no mês de outubro, o Cope houve a resolução de um sequestro. “Era o segundo sequestro que o grupo estava cometendo. Dois ciganos foram sequestrados em Boquim e foram mantidos em cativeiro em Estância. Em menos de 24h, com o apoio da Dipol e Delegacia de Estância, os reféns foram liberados ilesos, e quatro criminosos acabaram morrendo em confronto com a polícia”, detalhou Hilton Duarte.
Em dezembro, o Cope também participou da ‘Operação Divisas’, coordenada pela SSP de Alagoas. “Operação que visava combater crimes como roubo a banco e estouros de carro forte. Foram 34 mandados de busca e apreensão, dentre eles cinco em Sergipe. Em Canindé, um investigado conhecido nesses crimes de roubo a banco entrou em confronto e acabou vindo a óbito”, narrou o delegado.
Diante da efetividade do trabalho policial desenvolvido pelo Cope no combate ao crime organizado, a unidade receberá reforços em 2024 com a reforma e ampliação do prédio sede da unidade. “Orçada em mais de R$ 2,5 milhões e que vai possibilitar, com certeza, uma melhoria no serviço de investigação da unidade e também proporcionar um maior conforto aos cidadãos que vêm aqui ser atendidos”, concluiu Hilton Duarte.