Estado cresceu acima da média do Brasil e do NE
O Estado de Sergipe se posiciona como um dos melhores do Nordeste em termos de indicadores econômicos e sociais. E os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), ano base 2009, não deixam dúvidas. Sergipe não só melhorou no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como cresceu acima da média do Brasil e do Nordeste na gestão do governador Marcelo Déda ao longo desses quase cinco anos. Isso se converte tanto em termos de rendimento da população quanto no acesso aos bens de consumo como telefone, geladeira, computador, e nos serviços públicos de água, energia e esgoto.
De acordo com a pesquisa PNAD, encomendada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sergipe passou a ter a maior renda média domiciliar e a maior renda média per capita de pessoas com 10 anos ou mais no Nordeste, superando o Rio Grande do Norte em 2009. O rendimento médio das pessoas que estão no mercado de trabalho em Sergipe, se for mensurado com o final do governo anterior (em 2006) estava em terceiro lugar no Nordeste, e em 2009 já alcançava o maior rendimento per capita entre todos os estados nordestinos.
Com relação ao rendimento médio por domicílio, isto é, a soma das rendas de todas as pessoas que moram na mesma casa, Sergipe estava em segundo lugar em 2006, despontando em 2009 para o primeiro lugar. A cobertura previdenciária – que significa a quantidade de pessoas que contribuem com a Previdência Social e que, portanto, vão poder receber aposentadoria -, saiu de 23,7% em 2006 para 30,3% em 2009, encabeçando mais uma vez a lista entre as federações nordestinas.
Sergipe é referência também nos bens de serviço, como acesso a telefone, considerando fixo e móvel (81,4%), geladeira (90,2%), fogão (98,2), televisão (96,1%), computador (25,2%) e internet (17,8%).
Segundo o professor do departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe e assessor econômico do Governo do Estado, Ricardo Lacerda, Sergipe é mais estruturado que os outros estados do Nordeste e, com o governo Déda, obteve uma ascensão inestimável. “Essa melhoria dos indicadores econômicos se deve a dois fatores principais: primeiro, o próprio crescimento econômico que o Estado recebeu a partir das políticas de investimento do governo Lula; em segundo, o conjunto de políticas realizadas pelo governador Marcelo Déda para atrair empresas, promover o fortalecimento da agricultura e na recuperação de sua infraestrutura. Tudo isso fez com que Sergipe se tornasse um Estado diferenciado dentro do Nordeste”.
Crescimento populacional
Os números da pesquisa PNAD apontam também crescimento considerável no índice populacional. De 2000 a 2010, o menor estado da federação cresceu mais que o Brasil (11,9%) e o Nordeste (10,9%), apontando uma elevação de 15,7%, muito acima das médias.
Ricardo Lacerda explica que isso não significa que os sergipanos estão gerando mais filhos, mas sim que Sergipe está se transformando numa terra de oportunidades tanto profissional quanto educacional promovida pelas políticas de desenvolvimento do governo estadual, o que vem atraindo trabalhadores de outros estados afixarem moradia por aqui. “As pessoas estão vendo Sergipe como um lugar de oportunidades. Os estados vizinhos estão reconhecendo isso, as pessoas querem morar aqui, têm mais oportunidades de trabalho e estudos”, acrescenta Lacerda.
Mas não se atrai empresas para um Estado sem um sério investimento em conhecimento. E o governo investe em escolas técnicas de forma a garantir uma mão de obra cada vez mais qualificada. Além disso, há projetos inovadores em andamento, como o Complexo Empresarial Integrado de Tobias Barreto, que será inaugurado ainda este ano, e que irá dispor de um Centro Vocacional Tecnológico (CVT). Nele, serão formadas turmas de aprendizagem técnica na área de atuação de complexo, focado no setor têxtil e confecções, evidenciando um exemplo de como a política desenvolvimentista caminha lado a lado com o desenvolvimento das pessoas, com a melhoria na vida de cada sergipano.
“Diversos doutores hoje moram em Sergipe por conta do número recorde de editais lançados pelo Governo. O incentivo à pesquisa científica é um diferencial que coloca Sergipe na vitrine do conhecimento em todo o país. Além de termos pesquisadores sergipanos de imensa qualidade e que também têm suas oportunidades garantidas através do apoio governamental. Com isso, temos aproveitado para modernizar nossas empresas, que avançam tecnologicamente graças a fundamental parceria entre o conhecimento e a ação prática, sempre com o incentivo do Governo”, destaca o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia, Zeca da Silva.
Geração recorde de emprego
Num estado com tantas oportunidades capazes de fisgar doutores e operários de todo o Brasil, fica mais fácil entender porque Sergipe é referência no Nordeste e cresce acima da média nacional. Basta averiguar o resultado apontado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A quantidade de empregos gerados pelo Estado de Sergipe no mês de maio foi a maior da história, segundo números divulgados pelo órgão no último dia 20 de junho. Foram criados 1.304 postos de trabalho, impulsionados, principalmente, pelos setores da agropecuária (com 467 postos), serviços (com 356 postos) e da indústria de transformação (com 332 postos).
Ainda de acordo com dados do Caged, Sergipe foi o terceiro Estado que mais empregou na região Nordeste no mês passado – o primeiro foi Pernambuco e o segundo a Bahia. Para o gestor da Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab), Marcelo Freitas, os números traduzem a política do governo estadual em gerar renda e trabalho para o povo sergipano e acompanham uma tendência positiva registrada no Estado nos últimos 12 meses – 21.607 novos postos de trabalho foram criados, uma variação de 8,90%, maior do que a média nacional, que é de 6,47%.
Outro recorde histórico, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), divulgado no último dia 12 de maio, foi obtido pela construção civil, que gerou 7.100 postos de trabalho, com 32,57% de crescimento em relação a 2009, referência anterior. O setor de serviços também apresentou crescimento notável com a geração de 10.900 postos de trabalho, com crescimento de 12,27%.
“Sergipe faz a sua parte para atrair investimentos. Mas isso não se limita aos incentivos, pois a política de desenvolvimento econômico do governo de Marcelo Deda vai além, priorizando a interiorização das indústrias, levando o crescimento para o interior e, ao mesmo tempo, evitando que gargalos estruturais se formem na capital. Destaca-se também a seriedade na gestão pública, especialmente nas questões fiscais, o que faz com que o empresariado entenda o bom exemplo dado pelo governo como uma segurança a mais na hora de investir. E temos algo fundamental na hora de incentivar a presença de investimentos do setor privado: planejamento. Sergipe é o terceiro Estado do país e o primeiro do Nordeste a ter definida a sua Política de Desenvolvimento Industrial, um estudo profundo sobre a situação atual e com definição de metas claras que garantirão o crescimento sustentável pelos próximo quatro anos. Esse é o nosso diferencial”, salienta Zeca da Silva.
No caso do crescimento de empregos na indústria de transformação, segundo Ricardo Lacerda, o Governo do Estado tem um papel muito ativo nestes resultados. “Tudo isso graças à política agressiva de atração de empresas para o Estado, inclusive para os municípios do interior, como é o caso das indústrias de calçados e das usinas de etanol, que propiciam uma geração de muitos empregos no interior”.
Abastecimento de água e rede de esgoto
Outros fatores apontados pelo PNAD que ajudam a manter o Estado em primeiro lugar no Nordeste em indicadores sociais referem-se ao esgotamento sanitário e abastecimento de água. Sergipe é o primeiro Estado nordestino em rede de abastecimento de água, cujo atendimento chega a 1,52 milhão de habitantes. Estão sendo investidos mais de R$ 500 milhões na ampliação de rede de água, estações de tratamento, duplicação de reservatórios e esgotamento sanitário em Aracaju e no interior. Investimentos maciços nunca vistos antes.
Conforme informações da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), o objetivo é ultrapassar os 84% citados pelo PNAD na cobertura de abastecimento de água tratada. No esgotamento sanitário, Sergipe também ocupa a primeira posição na região Nordeste com 43,4% na coleta dos esgotos sanitários.
Outra obra grandiosa do Governo do Estado e que vai garantir conforto à população está quase concluída. Realizada através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a barragem do rio Poxim está orçada em R$ 85 milhões e será responsável por elevar o fluxo de água no rio dos atuais 580 litros por segundo para 1.200 litros, garantindo o fim dos problemas no abastecimento de água na Grande Aracaju durante os próximos 20 anos.
Censo Demográfico
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Censo Demográfico, mostram que o Brasil ficou menos desigual nos últimos 10 anos, na comparação da ascensão da renda média domiciliar per capita. E o Estado de Sergipe se destacou na redução das desigualdades sociais. Entre todas as federações, Tocantins lidera, com alta de 50%. Logo atrás vêm quatro nordestinos: Maranhão (46%), Piauí (42%), Sergipe (41%) e Paraíba (37%). Aracaju, destacou-se como a capital nordestina com o maior crescimento per capita do Nordeste.
