Arte, trabalho e cultura laranjeirense marcaram a 18ª edição do Governo Itinerante ‘Sergipe é aqui’. A ação aconteceu nesta sexta-feira, 15, e contou com a oferta de serviços públicos e de cidadania da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem).
Conhecida por ser um dos berços culturais do estado, a cidade de Laranjeiras se destaca pela expressão da arte, da cultura e da história refletidas nos conjuntos arquitetônicos e no artesanato local. Uma riqueza singular que transborda no trabalho realizado pelo artesão Gilson dos Santos há mais de 20 anos. Durante o ‘Sergipe é aqui’, além de expor seus monumentos históricos feitos de argila, ele ministrou oficina para o público presente. Uma forma de repassar não somente o conhecimento aprendido ainda pequeno, mas também o amor pela arte e por sua cidade de origem. É esse mesmo amor que prevalece nas suas produções artesanais, especialmente, na reprodução das famosas igrejas.
“Minha cidade é linda, histórica. Eu amo muito Laranjeiras e o que eu faço. É uma grande satisfação ter aprendido a fazer as construções”, contou ele sobre o artesanato, que já foi exposto e comercializado em diversas feiras pelo país e que complementa a sua renda familiar.
Além de monumentos em argila, produções em crochê e renda irlandesa integraram uma programação recheada de exposições e oficinas de artesanato. Patrimônio Cultural do Brasil e Imaterial de Sergipe, a renda irlandesa produzida por rendeiras do estado tem alçado vôos cada vez maiores, uma conquista que reflete a singularidade da técnica e do trabalho realizado por estas artesãs e, também, as ações de fomento ao artesanato sergipano intermediadas pela Seteem.
A renda irlandesa produzida no município também foi palco de uma das oficinas realizadas durante a ação, ministrada por Gilda Maria. Artesã há mais de 49 anos, ela aprendeu a técnica ainda pequena e continuou repassando o saber para as gerações vindas depois. “É uma oportunidade única. Pra mim, o importante é passar o meu saber para outras pessoas, para que não morra, principalmente nesse evento, que é um evento que envolve toda a cultura, todo o artesanato, todo o povo”, ressaltou ela sobre a importância da realização das oficinas como garantia da perpetuação de um saber histórico considerado patrimônio do estado, além do incentivo e visibilidade das produções locais.
Quem também compartilha sobre a importância da ação é a artesã Deisiane dos Santos, que participou da oficina e tem buscado aprimorar suas habilidades na produção de renda irlandesa. “Eu acho bom, porque é uma oportunidade única. A gente aprende muitas coisas. Acho maravilhoso. É importante, porque me ajuda muito. Sou mãe solteira, crio meus filhos através desse artesanato. É mais uma renda dentro de casa”, afirmou.
Na edição, também houve a comercialização de produções gastronômicas locais como incentivo ao empreendedorismo no estado. “Para nós, que somos empreendedores, isso é uma satisfação. Ajuda muito no nosso lado financeiro. É uma honra estar participando. A gente tem mais visibilidade, tem mais oportunidade de trabalhar aqui dentro da cidade sem precisar sair”, disse a empreendedora Fernanda da Costa.
Serviços
Além de exposições e oficinas de artesanato e comercialização de comidas regionais, a ação itinerante contou com a oferta de serviços prestados pelo Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT), setor vinculado à Seteem, e cadastro de empreendimentos econômicos e solidários; cadastro e renovação da Carteira do Artesão; orientações sobre editais de feiras nacionais e da Lei Paulo Gustavo; e orientações sobre a participação dos artesãos em eventos do estado.