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Sergipe

Sergipe continua firme no controle do sarampo e da rubéola

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Estadual de Saúde (Funesa) reuniram nesta terça-feira, dia 3, dezenas de coordenadores da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Primária dos municípios sergipanos para analisar e discutir os cenários epidemiológicos durante o Seminário Estadual de Doenças Exantemáticas e Influenza.

A referência técnica da Funesa presente no evento foi a especialista educacional Tânia Santos, da Coordenação de Pós-Graduação e Educação Permanente (Coepe/Copgr), que deu detalhes da ação.

“O seminário é promovido pela SES, por meio da Vigilância Epidemiológica, através da Coordenação de Imunopreveníveis, em parceria com a Funesa, e acontece durante esta manhã e tarde. Objetivo é realizar a referência de dados, analisar a situação epidemiológica e discutir sobre as doenças exantemáticas e a influenza, proporcionando aos profissionais de saúde atuarem da melhor maneira possível diante de casos suspeitos de sarampo, rubéola, caxumba e varicela”, explicou.

Contando com a presença também de Fabiano Marques Rosa, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, o seminário expôs a preocupação quanto ao surto de sarampo em países da Europa e na vizinha Venezuela. “Estamos atualizando os coordenadores sobre o cenário epidemiológico do sarampo e da rubéola no mundo, que, por mais que a doença tenha sido eliminada no Brasil, temos casos em várias outras partes do mundo”, alertou.

“O risco de importação e disseminação do vírus no país é constante. Não podemos ficar de braços cruzados. Temos que fortalecer a vigilância com os indicadores, as ações, fluxos e protocolos que têm que ser seguidos”, completou Fabiano.

De acordo com ele, o controle das doenças é feito através de vacinação. “Temos que manter altas e homogêneas coberturas vacinais entre os municípios e dentro deles, atingindo os indicadores de qualidade, além de estar atento à suspeição de casos de sarampo e rubéola, garantindo, também, que não tenham casos no meio dessas novas doenças, como zika e chikungunya”, detalhou.

Representando a Secretaria de Estado da Saúde, Sheyla Maria T. Lima, do Núcleo de Informações da Vigilância Epidemiológica, disse que um dos pontos importantes do seminário é atualizar os profissionais de saúde quanto ao atual momento. “Chamamos todos os coordenadores de vigilância epidemiológica do estado para fazerem uma revisão dos conhecimentos de doenças exantemáticas para poderem fazer esse bloqueio. Caso aconteça algum caso aqui, estamos preparados para enfrentar a situação”, garantiu.

Ela também revelou a situação do estado neste momento. “Em Sergipe está tranquilo. Existem casos suspeitos, mas nenhum confirmado. Temos uma vigilância ativa e precisamos pensar no que pode acontecer com essas saídas e entradas no Brasil. Mas Sergipe está controlado: não temos casos de sarampo”, afirmou.

Érika Teles Dantas, gerente da Rede de Laboratórios (Redelab) e responsável pelo Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), do Laboratório Central do Estado (Lacen), orientou os participantes sobre consultas e utilização do sistema de informação.

“A importância é de haver uma rotina para consultar diariamente ou semanalmente o sistema para que eles tenham o resultado a contento e encerrem o caso dessas doenças o mais rápido possível. O GAL é um sistema online, então quando o exame é liberado quem está do outro lado tem acesso automaticamente. Ou seja, fica muito mais fácil de agir.”, disse.

Do município de Arauá, a 82 km de distância da capital, Maria Aldira Oliveira Santos, coordenadora de Vigilância em Saúde, elogiou a iniciativa do seminário. “Muito interessante porque estamos vendo que alguns casos de sarampo estão voltando, então é muito importante que se tenha esse tipo de evento para nos atualizar e alertar. Em Arauá está bem controlado. Aparecem as suspeitas, os casos são notificados, mas a maioria resulta em casos negativos. Tudo dentro da normalidade”, comentou.

Ano passado, a região das Américas foi a primeira considerada livre de sarampo no mundo. Já o Brasil recebeu a certificação da eliminação da rubéola em dezembro de 2015, após cinco anos sem casos registrados. Em setembro de 2016, o país recebeu do Comitê Internacional de Experts o documento da verificação da eliminação do Sarampo.