×

Alagoas

Sepaz apresenta projeto a Judiciário, MP e Defensoria

O secretário da Paz, Jardel Aderico, e o deputado federal Givaldo Carimbão apresentaram, nesta segunda-feira (1º), o projeto “Acolhe Alagoas” a representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Judiciário Estadual. Durante a apresentação, a comitiva esteve presente na comunidade Nova Jericó e em outras duas casas de acolhimento, ainda em construção, que serão direcionadas a menores de idade.

O objetivo da visita foi mostrar o trabalho feito com os dependentes químicos para que o mesmo seja implantado no Núcleo Estadual de Atendimento Socioeducativo (Neas). “Sabemos que os dados de jovens que chegam a delegacias vítimas das drogas são altíssimos. Por isso, queremos apresentar o ‘Acolhe Alagoas’ como modelo para tratamento desses dependentes químicos”, disse o deputado Carimbão. “Além de ser um trabalho que realmente funciona, ainda tem o custo mais baixo do que manter um interno no Neas”, completou.

De acordo com o juiz Fernando Tourinho, o objetivo maior da implantação do “Acolhe Alagoas” no Neas é conseguir que o jovem consiga sair da internação pronto para voltar à sociedade. “Cabe ao Estado trabalhar esse garoto que foi interno, para que ele se sinta melhor e mais feliz do que quando entrou no Núcleo”, comentou. “Estamos aqui vendo justamente as melhores medidas para que o infrator dependente químico seja encaminhado às casas de acolhimento e tenha o tratamento adequado ao caso dele”, concluiu.

O modelo adotado nas casas de acolhimento do Projeto é o dos “12 passos”, onde os dependentes químicos em recuperação trabalham não só seu problema com as drogas, como também o comportamento que os levou a chegar nesse caminho. “Quando cheguei aqui não sabia o que era amor, não respeitava minha família nem as pessoas que me amavam. Agora, sei que além da minha doença (dependência química), preciso também trabalhar meu comportamento, aquilo que me fez entrar nas drogas”, disse um dos dependentes em recuperação.

“Nosso principal objetivo dentro dessas comunidades de acolhimento é afastar o dependente químico do tráfico. Sabemos que é difícil conseguir êxito em um tratamento que o adicto está inserido no meio das drogas. Então é necessário que ele passe um tempo longe dessas lembranças e, se possível, que nem volte”, disse o secretário Jardel.