O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) vão ofertar cursos profissionalizantes para jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Nesta sexta-feira, dia 30, o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) reuniu parceiros na Escola Superior do Ministério Público Estadual de Alagoas (Esmpal) com o objetivo de cadastrar os adolescentes que estão em medida de liberdade assistida. Dos 50 que compareceram, 32 escolheram os cursos do Senai.
“A iniciativa do Ministério Público do Estado de Alagoas é bastante positiva. O Pronatec, que tem sido um sucesso em Alagoas e se consolida, ainda mais, como um programa de grande relevância social, ao dar a esses adolescentes uma chance de reintegração na sociedade”, disse o coordenador do Pronatec em Alagoas pelo Senai, Allan Souza.
Logo após as apresentações do portfólio de cursos profissionalizantes, os jovens se dirigiram à biblioteca da escola para realizarem as pré-matrículas e matrículas. O Senai/AL instalou no local sua central móvel de matrículas, onde os adolescentes escolheram os cursos e já saíram devidamente matriculados.
A atividade reuniu o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, os membros da 11ª e 12ª Promotorias de Justiça da Capital, Alexandra Beurlen, Rogério Paranhos e Adriana Gomes Moreira dos Santos e representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Senai, Senac e Defensoria Pública do Estado de Alagoas, além dos adolescentes e seus familiares.
“Quem ama, cuida. Sabemos que os pais ou responsáveis que estão aqui com os seus filhos já passaram por situações delicadas, tendo que acompanhá-los cumprindo medidas socioeducativas para que eles consigam ser ressocializados. E essa oportunidade de ressocialização também passa pela qualificação profissional e a presença da família, incentivando-os, é muito importante”, destacou o promotor de Justiça da Infância e da Juventude, Rogério Paranhos.
Um adolescente de 16 anos optou pelos cursos de soldador e eletricista. “É uma nova oportunidade que estou tendo para me reintegrar à sociedade. Muitos colegas meus voltam ao crime porque não têm essa chance e são convencidos a ganhar dinheiro mais rápido, através da venda de drogas e outros ilícitos. Eu não, não quero mais para mim esse caminho, quero mudar de vida e sei que um novo futuro me espera”, declarou.