Ex-alunos com representantes do Grupo Coringa e do Senai/Arapiraca
Com 23 anos de idade e pai de dois filhos, o pintor industrial Diógenes Santos Silva conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada pouco tempo após ter concluído o curso de Pedreiro na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Arapiraca. “Estou muito satisfeito, porque agora tenho mais segurança e um ambiente de trabalho melhor”, conta o jovem, que antes trabalhava informalmente numa oficina de pintura automotiva e hoje atua como pintor industrial numa unidade do Grupo Coringa.
Diógenes faz parte do grupo de ex-alunos do Senai que foram absorvidos pelo mercado de trabalho no município polo do Agreste alagoano. A pedagoga da unidade Arapiraca da entidade, Ana Paula Moura, conta que 41 alunos foram encaminhados para nove empresas em 2010. Destes, dez foram contratados, ou seja, quase 25% dos egressos do Senai/Arapiraca são aproveitados pelas empresas.
Quem ganha com as contratações não são apenas os ex-alunos. As empresas também são beneficiadas com a presença de colaboradores mais qualificados nos seus quadros. “Quando fazemos a triagem e seleção de pessoal para a fábrica, percebemos que os profissionais egressos de entidades como o Senai são mais completos”, afirma o gerente de Recursos Humanos do Grupo Coringa, Gustavo Freire.
O gerente disse, ainda, que muitos candidatos às vagas de emprego concluíram o ensino fundamental, mas não têm um curso complementar, o que faz diferença, até, nos treinamentos internos da empresa. “Como eles [alunos do Senai] estão acostumados com sala de aula, levam a metade do tempo para absorver os ensinamentos das capacitações promovidas para os nossos colaboradores”, afirmou.
Por conta disso, há quem já esteja no mercado de trabalho e procure se aperfeiçoar. É o caso de Missias Antônio de Góis, 28, que atuava na área e fez o curso de Pedreiro. Também contratado pelo grupo Coringa, ele garante que valeu a pena adquirir novos conhecimentos.
QUALIDADE
O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e do Conselho Regional do Senai, industrial José Carlos Lyra de Andrade, destacou o alto índice da aprovação dos cursos da entidade entre os empresários. Lyra salientou uma pesquisa de 2008, segundo a qual 70%das indústrias aprovaram os serviços do Senai. No setor de química e de plásticos esse número sobre para 75%.
“Aliando infraestrutura moderna com a tradição de sua marca, o Senai agrega inovações tecnológicas capazes de melhor preparar técnicos para diversas áreas do segmento, reduzindo as desigualdades sociais, distribuindo conhecimentos e ampliando as parcerias com a indústria”, concluiu.
