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Maceió

Sempma interdita estação de tratamento em condomínio

Depois de não suportar mais sentir o mau cheiro e ver as paredes do muro ser infiltrado por esgoto, uma moradora da Rua Evilásio Canuto Marquês, na Serraria, denunciou um condomínio localizado nos fundos de sua casa. O fato ocorria desde que empreendimento residencial foi inaugurado e o caso foi parar no Ministério Público Estadual. Na manhã dessa quinta-feira (06), a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) foi apurar a denúncia.

No momento da ação, os agentes da Sempma constataram que dentro de um local restrito, onde a Estação de Tratamento de Efluente (ETE) funciona, havia cerca de 10 centímetros de esgoto transbordando da cisterna e inundando toda a área.

Segundo informações da administradora do condomínio, o problema aconteceu devido a um problema mecânico em um dos caminhões que fazem o esgotamento sanitário do local e o destina para o emissário submarino. A desculpa não diminuiu o agravante e todo o sistema de tratamento foi interditado. A liberação do local só poderá ser feita após uma nova verificação técnica dos fiscais da Sempma que comprove que não há mais nenhum risco de transbordo.

De acordo com o titular da Sempma, David Maia, as ações de combate ao esgoto tem surtido efeito. “A população é a grande parceira no combate ao esgoto clandestino em Maceió. As Estações de Tratamento de Efluentes também devem ser monitoradas, pois elas são a porta de saída de todo material contaminado dos apartamentos, que é destinado, em casos específicos, para lugares impróprios, o que é considerado crime ambiental”, pontuou.

O novo laudo com as imagens e a infração encontrada será anexado ao processo em desfavor do condomínio e da construtora. Os arquivos serão encaminhados ao Ministério Público para uma nova análise judicial.

Os representantes do condomínio e da construtora têm um prazo de cinco dias úteis para apresentar uma defesa. Enquanto isso não acontece, somente por caminhões vacuum trucks, o esgoto dos apartamentos será destinado para o emissário.

Agravante

Todo o líquido infiltrado seguia para uma linha d’água, no meio-fio de uma das ruas ao lado do condomínio. O destino final era uma Área de Proteção Permanente, que fica do outro lado da rua, acarretando em agravante de crime ambiental.

Ascom Sempma