Os pequenos, médios e grandes empresários brasileiros, especialmente os alagoanos, devem ficar atentos às oportunidades mercadológicas e em suas estratégias empresariais, pois, com ou sem crise, o mercado externo sempre terá demandas. O conselho é do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), industrial José Carlos Lyra de Andrade, durante discurso na abertura do 8° Seminário de Promoção às Exportações, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá.
O evento, que prossegue nesta quinta e sexta-feira, tem o objetivo de manter empresários, estudantes e profissionais liberais informados e capacitados sobre a temática “Mercado Internacional”, com palestras onde estão sendo abordados temas com foco em inteligência comercial, gestão, produto e promoção. Na ocasião, Lyra fez um panorama da economia nos âmbitos interno e externo, apresentando números da balança comercial dos estados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) favoráveis a Alagoas.
“O Estado obteve uma expansão de 41,25% em participação no mercado externo em 2011. O crescimento foi comemorado pelo governo alagoano. Os números apontam ainda que as vendas externas passaram de U$ 304,4 milhões, em 2010, para cerca de U$ 1,37 bilhão em 2011, o que corresponde a um crescimento de 350% do setor”, citou o empresário, ao lembrar que os produtos derivados da cana-de-açúcar e da indústria química compõem a pauta principal de exportações.
O governador Teotonio Vilela Filho, que elencou as ações de sua administração na área de Desenvolvimento Econômico e destacou a contribuição da Fiea neste processo, afirmou que a economia do Nordeste cresce acima da média nacional e, agora, Alagoas está acompanhando este ciclo de prosperidade. “O Estado passou 30 anos sem receber investimentos significativos, estava quase fora da Federação, e começa a sair do marasmo”, disse Vilela, ao falar de investimentos na rede hoteleira, do estaleiro, da duplicação da Braskem PVC e da mineradora Vale Verde.
O governador também citou a posição de Alagoas como terceiro lugar no volume de exportações, disputando a posição com o Ceará, atrás apenas da Bahia e do Maranhão. Na sequência, a palestra de abertura do Sempex ficou por conta do vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, que abordou o tema “Oportunidades comerciais no Brasil para os países da América do Sul e central”.
O evento é realizado pela Fiea, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN/AL), Rede CIN, CNI e tem o apoio do Banco do Nordeste, Governo Federal, Governo de Alagoas, Sebrae, AL-Invest e AL-Invest Mercosur Chile Venezuela.
